A primeira-dama do Ceará, Lia de Freitas, participou da formatura de 120 multiplicadores do projeto Padaria Artesanal, idealizado pela segunda-dama do Brasil, Lu Alckmin. Entre os formandos, estavam cinco cearenses que integram o programa Ceará Sem Fome do Governo do Estado. O momento ocorreu nessa terça-feira (21) em solenidade com a presença do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin. A ideia é trazer o conhecimento adquirido durante o curso para dentro das cozinhas apoiadas pelo programa cearense, dando oportunidade para que os beneficiários tenham uma geração de renda.
Lu Alckmin ressaltou em sua fala sobre a alegria de ver o projeto que começou em São Paulo, quando ela era primeira-dama do estado, estender-se ao país. “É uma alegria imensa. Há mais de 20 anos, quando idealizei a Padaria Artesanal e agora a gente vê a continuidade. Eu hoje escuto testemunhos de transformações de vida e hoje, eu aqui em Brasília, que é o coração do Brasil, com esse sonho se realizando que é levar as padarias artesanais aos rincões mais longínquos desse país”, destacou.
O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, ressaltou a importância da parceria entre os setores para o sucesso de ações como a Padaria Artesanal. “Primeiro quero dar os parabéns a vocês. Formatura é dia de festa, dia de alegria. Então parabéns pelo curso, pois vocês agora irão multiplicar esse belíssimo trabalho. A segunda palavra é a organização da sociedade civil e como isso faz a diferença. Unir a igreja, os sindicatos, as federações, os empresários e o governo para fazer bons projetos. Isso faz toda a diferença”, destacou.
O curso foi realizado em uma cozinha reformada na Paróquia Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Mercês, na Asa Sul, em Brasília. Para a primeira-dama do Ceará e presidente do Comitê Intersetorial de Governo do Programa Ceará Sem Fome, Lia de Freitas, o passo agora, junto do apoio de empresários, levar o suporte para que as pessoas a serem capacitas no Estado tenham como produzir os pães e comercializá-los, gerando renda para elas.
“A gente teve a oportunidade se emocionar com os resultados desse grande projeto que vamos levar para o programa Ceará Sem Fome, por meio dos multiplicadores que trouxemos. São pessoas de Fortaleza, da Região Metropolitana e do interior, como Crateús. Foram aprendizados importantes, que trarão ações concretas para os beneficiários do programa. A ideia é que junto com empresários e com a sociedade civil, a gente leve o kit com fornos, formas e liquidificador industrial para que possamos ensinar os beneficiários a produzirem pães e comercializá-los”, explicou.
Vidas transformadas
Uma das vidas a serem transformadas pelo projeto foi a de Ailton Jesus, conhecido por Chef Brown. Hoje, ele é professor das capacitações e símbolo da padaria. Em sua fala, ele explicou o olhar de Lu Alckmin mudou sua trajetória.
“Vivíamos minha esposa, meu filho e eu na cidade de Guarujá (São Paulo), revirando os lixos para comer restos de comida. Um belo dia fiquei sabendo que iria inaugurar uma padaria lá na cidade, então quando eu me qualifiquei na padaria artesanal, minha vida começou a mudar. A essência do projeto que a dona Lu passou, foi quando no primeiro momento em que ela me viu, eu pedi um pão e ela disse: dê o pão, mas eu quero você fazendo esse curso. E eu fiz com muito amor e muito carinho”, conta.
Ele falou para todos os formandos sobre o que eles encontrarão pelo caminho ao replicar o conhecimento ali adquirido. “Vocês atenderão pessoas como o Brown lá atrás, deem o pão e abracem elas, tratem bem, com amor, com carinho e com paciência, porque cada um vem com a pluralidade na mente, de educação e de religião. Não olhem para nada disso. Abram o coração de vocês, pois esse é o tempero principal do pão”, concluiu sob aplausos.
Uma das cearenses formadas foi Isadora Meneses. Ela trabalha como nutricionista do programa Ceará Sem Fome e ressaltou essa parte estruturante por trás de projetos como a Padaria Artesanal e que corrobora com o espírito do Ceará Sem Fome. “É um curso que não visa apenas dar o pão para a pessoa comer, mas ele ensinar a pessoa a produzi-lo. E através dessa produto, ela pode fornecer aquele pão para a comunidade e também comercializá-lo, gerando assim uma renda para a pessoa que está fazendo. Uma coisa bem importante desse curso é que ele visa também dar dignidade para as pessoas que estão precisando, dar uma forma de ganhar uma recompensa financeira e matar fome, por meio, inclusive, de produtos bem acessíveis”, finalizou.
(*)Com informação do Governo do Estado do Ceará