Este ano, o Banco do Nordeste já contratou, no âmbito do Programa AgroNordeste, R$ 3,61 bilhões, equivalentes a mais de 74 mil operações de crédito, que beneficiaram trabalhadores e empreendimentos rurais dos 16 territórios inseridos na área de atuação do BNB, integrada por todos estados do Nordeste e pelo norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. A posição é de 30 de julho de 2021.

O AgroNordeste, lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em 2019, objetiva impulsionar o desenvolvimento econômico e social sustentável do meio rural da Região, incentivando a organização das cadeias agropecuárias relevantes ou que demonstrem potencial, além de ampliar e diversificar os canais de comercialização.

Com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o AgroNordeste aplicou, no Estado do Ceará, montante de R$ 497,4 milhões, correspondentes a 9.242 operações de crédito, com a seguinte distribuição: 6.122, equivalentes a R$ 460,8 milhões, no território do Vale do Jaguaribe & Quixeramobim, e 3.120, no valor de R$ 36,5 milhões, no território dos Sertões de Crateús e Inhamuns.

No território do Vale do Jaguaribe & Quixeramobim, no mesmo período, as aplicações beneficiaram, principalmente, a infraestrutura voltada para produção e distribuição de energia elétrica, assim como as atividades de bovinocultura leiteira e investimentos destinados a serviços de saúde.

Já no território dos Sertões de Crateús e Inhamuns, as inversões destinaram-se, sobretudo, à pecuária, destacando-se a bovinocultura de corte, e ao comércio.

Em 2020, conforme levantamentos do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), as aplicações do AgroNordeste permitiram a criação/manutenção de 17 mil empregos no território do Vale do Jaguaribe & Quixeramobim e de 5 mil empregos no território dos Sertões de Crateús e Inhamuns.

Sustentabilidade

Empreendedor no território do Vale do Jaguaribe & Quixeramobim, Francisco Maciano Bezerra, considera “importante ter um projeto implantado pensando no longo prazo e amparado na sustentabilidade do negócio, razão pela qual utilizei os recursos do AgroNordeste, por meio do FNE Sol, para garantir a energia necessária às atividades de minha fazenda”. Segundo Bezerra, “o produtor precisa acompanhar as mudanças macroeconômicas, nas quais se inclui a produção de energia renovável”.

Antônio Alves Temóteo, produtor de mel de abelha com projeto implantado na Serra dos Limas, no território dos Sertões de Crateús e Inhamuns, reforça a importância do AgroNordeste no fortalecimento das cadeias produtivas e destaca “a convivência amistosa com o campo e a geração de renda e desenvolvimento possibilitadas pelo Plano”. Temóteo acrescenta que “as várias contratações de crédito realizadas no Banco do Nordeste ajudaram-no a investir em equipamentos, utilitários, transportes e, consequentemente, na melhoria de vida da família”.

(*) Com informações da Assessoria do BNB