O programa Celular Seguro ultrapassou a marca de um milhão de usuários cadastrados em menos de duas semanas de funcionamento, informou o governo federal na tarde desta segunda-feira. O projeto foi criado para facilitar o processo de bloqueio de aparelhos celulares e aplicativos de bancos após roubos.

“O Celular Seguro vem se mostrando uma ferramenta de combate efetivo a um dos principais crimes presentes no dia a dia das cidades. Temos ações contra o crime organizado, contra os crimes violentos letais intencionais, mas também contra o roubo e furto de celulares. Atuamos em todas as frentes pela redução da violência no país”, disse em nota o ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em exercício, Ricardo Cappelli.

Até as 10h de sábado, 750.135 celulares haviam sido registrados via site ou aplicativo e incluídas 692.571 pessoas de confiança. A ferramenta já recebeu 7.005 alertas de usuários referentes a perda, roubo ou furto de aparelhos, segundo o ministério da Justiça.

O programa funciona por meio de um aplicativo e de um site e possui um sistema similar a um “botão de segurança”. Ao ser acionado, o aparelho deve ser bloqueado em até dez minutos pelas redes bancárias.

Não há limite para o cadastro de números, mas eles precisam estar vinculados ao CPF do titular da linha para que o bloqueio seja efetivado. Cada pessoa cadastrada no Celular Seguro poderá indicar pessoas da sua confiança, que estarão autorizadas a efetuar os bloqueios, caso o titular tenha o celular roubado, furtado ou extraviado. Também é possível que a própria vítima bloqueie o aparelho acessando o site por um computador.

O aplicativo está disponível para Android e iOS, além do site oficial. O projeto foi desenvolvido pelo Ministério da Justiça em parceria com a Federação Brasileira de Bancos e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Todos os bancos filiados à Febraban, que reúne a maior parte do setor bancário brasileiro, aderiram ao aplicativo. A proposta vem em um contexto de aumento de roubos e furtos de celulares. O último Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta um total de 999.223 mil ocorrências no ano passado, mais que os 852.991 mil casos registrados em 2021. Isso representa uma alta de 16,6%.

Atualmente, o Ministério da Justiça estima que a vítima pode levar até uma hora para fazer o registro do crime, via central eletrônica.

– Observamos que o problema para bloquear os aparelhos não era tecnológico, era um problema de processo, engenharia de processo. Nós precisávamos fazer com que o cidadão se ligasse diretamente à Anatel, pulando a secretaria de segurança (dos estados) e as operadoras (de telefonia) — disse o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, no lançamento do projeto.

(*)Com informação do Jornal Extra