As mudanças climáticas, que provocam baixa recarga de reservatórios de água usada para o consumo populacional e animal, levaram o Senado a aprovar, nessa quinta-feira, um, projeto de lei que obriga as concessionárias de água e esgoto a prevenirem o desperdício de água.


A proposta disciplina, ainda, o aproveitamento das as águas cinzas e de chuva. O texto do projeto, que havia sido aprovado pela Câmara Federal, será submetido à sanção presidencial. O projeto de lei é de autoria do então deputado federal Laércio Oliveira, que, hoje, exerce mandato de senador pelo PP de Sergipe.


A proposta altera a Lei do Saneamento Básico (Lei 11.445, de 2007) ao obrigar as empresas a corrigirem as falhas, para evitar vazamentos e perdas; aumentar a eficiência e fiscalizar o sistema de distribuição para combater as ligações irregulares.


JORNAL ALERTA GERAL


O assunto está na pauta do Bate Papo Político, no Jornal Alerta Geral, com a participação do repórter Sátiro Salles e o jornalista Beto Almeida. O Jornal Alerta Geral é gerado pela FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza, e tem transmissão por mais de 20 emissoras de rádio e pelas redes sociais do @cearaagora.


PAPEL DO PODER PÚBLICO


De acordo com o projeto de lei, caberá à União estimular o uso das águas pluviais e de águas servidas, especialmente as águas cinzas, resultados de processos como lavagem de louça e roupa, uso de chuveiro, paisagismo, e as utilizadas em atividades, agrícolas, florestais e industriais. As águas cinzas são aquelas descartadas pelas residências por pias, ralos, máquinas de lavar e chuveiros, exceto as usadas nos vasos sanitários.


Os números chamam a atenção e nos levam a uma reflexão diante de tanto desperdício: de acordo com o autor do projeto de lei, o volume total de água desperdiçada, a cada ano, corresponde hoje a 6,5 bilhões de metros cúbicos. Ou seja, um volume de água que correspondente a carga total da barragem do Castanhão.