Neste dia 21 de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, por meio do Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEESP) e em parceria com a Seção de Busca, Resgate e Salvamento com Cães (SBRESC), promoveu uma manhã cheia de atividades para crianças e adolescentes do projeto cinoterapia, ou terapia realizada com o auxílio de cães. Os animais, que são utilizados no serviço de busca de pessoas perdidas em matas, escombros e em ambientes de difícil acesso, também são empregados no projeto.

Renata (17) e Lemuel (03) têm Síndrome de Down e estão matriculadas no CAEESP, que recebe também outras crianças com condições especiais, como autismo, síndrome de Angelman, paralisia cerebral, microcefalia, entre outras. A mãe do pequeno Lemuel, Socorro Frota, diz que o projeto de cinoterapia é muito importante no processo de tratamento das crianças porque, com o cão, elas aprendem, de forma lúdica, a se socializar com as demais pessoas. Além disso, “o dia de hoje é uma oportunidade para divulgar o que é a Síndrome de Down. O que torna nossos filhos especiais é o amor que eles sentem por tudo e isso nos contagia”.

Para a mãe de Levi (16), Lair Lima, o contato estabelecido entre as crianças e os amigos de quatro patas traz bons resultados na interação social, na percepção e na afetividade durante um ano de convívio com os animais no projeto. Já o comandante da SBRESC, Major Tallys Lima, revela que a relação entre os animais e os alunos do projeto contribuem para o desenvolvimento de ambos. “Esse trabalho não traz benefícios somente para as crianças que estão em tratamento, os cães se tornam mais dóceis no trato com as pessoas, além de serem extremamente afetivos. Os bombeiros saem nutridos e motivados com o amor que emana dessa troca”, revela o comandante.

Sobre o Projeto

A cinoterapia tem formação da união do prefixo grego “cino” (cão) ao radical “terapia” (tratamento) e é uma técnica que define o cão como um dos recursos terapêuticos, servindo como instrumento reforçador, estimulador e facilitador da reabilitação do assistido.

O contato com os cães contribui para que as crianças estimulem suas capacidades físicas, cognitivas, sociais e funcionais necessárias para o seu desenvolvimento biopsicossocial. Já os cães, por sua vez, considerados co-terapeutas nas atividades, precisam ser sociáveis, interagir com as pessoas, além de não ser agressivos e precisam estar com o acompanhamento veterinário necessário para a realização da terapia.

O CBMCE iniciou esta atividade em agosto de 2012 por meio da parceria entre a SBRESC e o CAEESP. Esse projeto visa à ampliação da política de atendimento da instituição com a sociedade onde crianças recebem abordagem de profissionais da CAEESP, que conta atualmente com cerca de 240 crianças matriculadas. A cinoterapia é apenas um dos módulos entre as diversas formas de terapia existentes. Uma aula dura em média 30 minutos, de acordo com a necessidade do aluno, e tem a frequência de dois dias por semana.

Com informação da A.I