Residents line up to receive the Coronavac vaccine against COVID-19, in Serrano, about 323 km from Sao Paulo, Brazil, on February 17, 2021. - A small town in the interior of the Brazilian state of Sao Paulo began vaccinating its entire adult population on Wednesday as part of an unprecedented clinical study to analyse the impact of immunisation in controlling the Covid-19 pandemic. (Photo by NELSON ALMEIDA / AFP) (Photo by NELSON ALMEIDA/AFP via Getty Images)

A desobediência da ordem de vacinação de grupos prioritários definida no plano nacional e/ou estadual de imunização contra a Covid-19, pode gerar punição, se aprovada a proposta do deputado Agenor Neto (MDB).

O projeto de lei apresentado pelo  parlamentar, em tramitação na Assembleia Legislativa, envolve sanções para quem descumprir o critério de vacinação.

As medidas vão desde impossibilidade de receber uma segunda dose da vacina; proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de cinco anos; instauração de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), se a infração for cometida por servidor público estadual, seja ele efetivo ou comissionado; de ingressar em cargo, emprego ou função pública por cinco anos; imediato desligamento do colaborador contratado em regime celetista; e pagamento de multa civil, entre outros pontos.

“A proposta tem por finalidade o fiel cumprimento das regras de prioridade estabelecidas para vacinação, e busca penalizar quem estiver furando a fila dos grupos prioritários para receber as doses da vacina, atropelando, desta maneira, os planos oficiais do Ministério da Saúde e do Governo do Estado”, justifica o autor no projeto.

Agenor Neto observa, com base em informações do Sistema Único de Saúde (Sus), que a maior parte das mortes está enquadrada em parcelas da população com características mais específicas, como a idade avançada ou quadro de saúde mais vulnerável.

“Daí a especial atenção do legislador com as normas disciplinadoras de vacinação prioritária para tais grupos, uma vez que são mais suscetíveis às consequências graves, caso sejam infectadas pelo vírus da Covid-19, e para os mais expostos”, pondera.

Agenor Neto considera “uma grave irregularidade” a imunização em desacordo com os parâmetros definidos.

“Isso enseja responsabilização, por meio de procedimentos administrativos, processos de improbidade administrativa e até mesmo persecução em processos criminais, podendo resultar em aplicação de multas e penas privativas de liberdade, tendo em vista as graves violações aos direitos fundamentais da coletividade”, afirma o autor no projeto.

Os agentes públicos, de acordo com ele, também poderão responder caso forem comprovadamente flagrados com a inobservância de critérios previstos no programa de imunização contra o novo coronavírus.

(*) Com informações Assembleia Legislativa DO cEARÁ