Os promotores de justiça integrantes da força-tarefa que acompanhou a investigação da denominada “Chacina do Curió”, repudiaram, em nota pública, as declarações do Deputado Estadual Capitão Wagner feitas nessa quarta-feira na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará sobre o inquérito. Wagner afirmou que “o inquérito é cheio de falhas, em que foram forjadas provas, como as localizações geográficas, no intuito e na sede de tentar responsabilizar os envolvidos no caso, o que culminou na prisão indevida e arbitrária desses 44 policiais”.
Para os promotores, a declaração do deputado, que é policial, é temerária, e demonstra desconhecimento das provas constantes dos autos do processo. Afirmam que sua fala é incompatível com a seriedade que deve pautar os debates no parlamento estadual.
“Asseguramos que a investigação foi desenvolvida pela Delegacia de Assuntos Internos da CGD com acompanhamento desta força-tarefa, com plena imparcialidade, isenção e rigor técnico, ao tempo em que lamentamos que se busque politizar a mais grave chacina da história do Ceará”, diz a nota.
Os promotores informam ainda que a denúncia apresentada pelo Ministério Público foi recebida por um colegiado de juízes e que, até o momento, todos os recursos apresentados pelos acusados foram indeferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará e pelo Superior Tribunal de Justiça.