O balanço do dia de “Greve Geral” no Brasil registra bloqueios de ruas, paralisação de transportes, de bancos e confrontos em todo o País. O protesto é contra as reformas trabalhista e da Previdência, e pela cassação do presidente Michel Temer.
No Acre, o ato aconteceu no Centro da Capital, Rio Branco pela manhã, com participação de 500 pessoas que caminharam até o Terminal Urbano da cidade. Em Alagoas, ruas da capital e rodovias em todo o Estado foram bloqueadas, caminhada pelas ruas, por cerca de 2 mil pessoas, segundo a PM. da região. A organização e a PM falaram em 2 mil participantes.
No Amapá, cerca de 1 mil pessoas participaram do ato. A capital Macapá teve paralisação de ônibus por duas horas. Cruzaram os braços os bancários, servidores públicos em educação, servidores públicos federais civis e serventuários da Justiça. No Centro de manaus (Amazonas) houve uma passeata pela manhã. Segundo a Polícia Militar (PM), cerca de 200 pessoas participaram do ato.
Em Salvador, houve paralisação dos ônibus e fechamento de vias. Os trens também pararam, mas o sistema de metrôs opera normalmente. Bancários e comerciários fizeram passeata no Centro. Na região metropolitana, houve movimento na região de Mataripe, em Madre de Deus, no Polo de Camaçari e na entrada de Lauro de Freitas, na Estrada do Coco. Três trechos da BR-101, em Itagimirim, Itabela e Teixeira de Freitas, ficaram bloqueados até por volta das 10h30.
Em Fortaleza, diversas vias foram fechadas causando congestionamentos nas Avenidas 13 de Maio, da Universidade, Visconde do Rio Branco, Imperador e Domingos Olímpio. Motoristas e trocadores pararam e os bancários aderiram à paralisação. A concentração dos grevistas aconteceu a partir das 9h, na Praça da Bandeira. Parte das lojas do Centro foram fechadas durante o protesto.
Brasília amanheceu com estações do metrô fechadas. Os ônibus permaneceram nas garagens, não respeitando a determinação da Justiça para manter 50% do serviço.
Na BR-020, manifestantes colocaram fogo em pneus. Bancários, professores e servidores da Universidade de Brasília aderiram à paralisação.
Em Vitória do Espírito Santo, grupos se reuniram em três locais da cidade: em frente à Rodoviária de Vitória, em Carapina, na Serra, e na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Cerca de mil pessoas participaram de uma passeata. Houve confronto entre manifestantes e a Polícia em frente da Rodoviária. A manifestação prosseguiu até o Aeroporto e Assembleia Legislativa.
Houve bloqueio da saída de ônibus das garagens na madrugada e os ônibus só passaram a circular no início da manhã. Uma passeata reuniu, segundo os organizadores, 3,5 mil pessoas, que foi encerrada por volta das 12h30.
No Maranhão, manifestantes bloquearam os quatro portões de acesso ao Porto do Itaqui, em São Luís, não foi divulgado o número de manifestantes. Categorias como as dos bancários, professores da rede pública estadual, vigilantes, petroleiros, motoristas e cobradores de ônibus, metalúrgicos paralisaram suas atividades.
Em Mato Grosso, o Movimento Sem-Terra (MST) fez bloqueios em dois trechos da BR-364, nas cidades de Jaciara e Jangada. Os atos começaram por volta das 7h e terminaram às 10h. Foram fechadas vias em Tangará da Serra e Barra do Garças, que também registrou uma passeata com 800 participantes. Servidores estaduais e federais aderiram a paralisação.
Em Campo Grande (MS) a organização fala em 5 mil pessoas participantes dos protestos, já a Polícia Militar diz que foram 2 mil. Foram fechados trechos na BR-262 e BR-158. Professores aderiram à paralisação em Campo Grande, Corumbá, Ladário e Dourados.
O metrô foi paralisado na Grande Belo Horizonte nesta sexta-feira, vias foram bloqueadas. Os ônibus estão funcionando normalmente. Houve ainda passeatas no Centro. Em Contagem, na Grande BH, houve também protestos e bloqueios de vias. Manifestações aconteceram em outras regiões do Estado.
Os ônibus foram paralisados na região metropolitana de Belém. Cerca de 1 milhão de passageiros foram prejudicados. Uma passeata de cerca de 10 mil participantes foi realizada no Centro. Houve bloqueios de ruas e avenidas. Houve um ato em Marabá, no interior do estado.
Na Paraíba, atos contra o governo Michel Temer fecharam ruas, rodovias e o Terminal de Integração na manhã desta sexta-feira em João Pessoa. Após liberar o terminal de ônibus do Varadouro, os manifestantes ocuparam o entorno do Parque da Lagoa, no Centro, e interditaram o trânsito no local. Segundo organização do protesto, cerca de 300 pessoas participam da manifestação. Em Campina Grande, manifestantes interromperam a saída dos ônibus da garagem da maior empresa de transporte coletivo da cidade.
Em Curitiba, sindicalistas e trabalhadores fizeram protestos. O mesmo ocorreu em algumas cidades do interior do Paraná. Um trecho da BR-476 foi totalmente interditado, nos dois sentidos. Na capital, os ônibus do transporte coletivo funcionam normalmente desde o início da manhã. Em Ponta Grossa os ônibus só passaram a rodar às 7 horas e em Londrina, os acessos ao Terminal Central foram bloqueados por volta das 6h, e os ônibus foram liberados aos poucos.
Em Pernambuco rodovias federais foram bloqueadas pela manhã. Na região metropolitana do Recife, foram afetadas as BRs 101 Norte e Sul, a BR-232, em Bonança, a BR-428, em Paudalho, e a BR-428, em Petrolina. No Centro da capital, avenidas e ruas foram bloqueadas.
O Metrô fica parado entre as 9h e as 16h. O serviço do BRT também foi paralisado para evitar que os passageiros ficassem presos nas estações pelos protestos. Em Teresina, motoristas e cobradores paralisaram atividades e bloquearam as principais vias no Centro da cidade.
No Rio de Janeiro, protestos dificultaram a circulação de importantes vias da cidade, que ficou em estágio de atenção. A Linha Vermelha, a própria Avenida Brasil e o acesso ao aeroporto do Galeão foram fechados. Houve uma manifestação no saguão do aeroporto Santos Dumont.
A associação de Docentes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) realizou um ato na sede do governo estadual. Metrô, trem, VLT, BRT e ônibus funcionavam normalmente pela manhã.
Natal, no Rio Grande do Norte, amanheceu sem ônibus nesta sexta. Apesar de o Tribunal Regional do Trabalho do RN ter determinado que pelo menos 70% da frota fossem colocados em circulação, os veículos não deixaram as garagens. Foram registrados bloqueios em cinco municípios: Natal, Ceará-Mirim, Maxaranguape, João Câmara e Mossoró.
No Rio Grande do Sul, houve protestos que bloquearam garagens de ônibus e rodovias. Por volta das 6h45, a saída das garagens de todas as linhas de Porto Alegre foram liberadas, conforme a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Sete ônibus foram apedrejados pela manhã. Houve interrupção no trânsito de ruas e avenidas de Porto Alegre.
Mais de 30 categorias paralisaram as atividades em Rondônia, segundo os sindicatos, e fazem atos contra a reforma trabalhista e da previdência. Em Porto Velho, o movimento se reuniu na Praça das Três Caixas d’Água. Segundo a organização, cerca de 2 mil pessoas participaram. Escolas e o atendimento bancário foram paralisados.
Em Boa vista (RR), os manifestantes bloqueiam as avenidas Brigadeiro Eduardo Gomes e Av. Venezuela,c erca de 50 pessoas participavam do ato até as 8h. Professores da capital, bancários e trabalhadores da saúde aderiram à paralisação.
Em Santa Catarina, pelo menos três rodovias registram bloqueios no início da manhã no estado. Na Grande Florianópolis, os ônibus pararam de circular às 8h e só voltaram às 11h. À tarde houve outra paralisação de duas horas.
Em São Paulo, manifestantes interditaram vias e rodovias desde cedo. Acessos aos aeroportos de Congonhas, na Zona Sul, e de Cumbica, em Guarulhos, foram bloqueados, e manifestantes chegaram a entrar no saguão de Congonhas. No Centro da capital paulista, houve bloqueio na Avenida São João e a Polícia Militar jogou bombas de gás contra os manifestantes.
No Interior, sindicalistas e trabalhadores fizeram protestos e bloquearam vias de Santos e São Vicente. Em Ribeirão Preto, houve atos em frente à Prefeitura. Na região de Campinas, houve bloqueio de vias e a Rodovia Santos Dumont (SP-075) foi interditada. Petroleiros da Replan, em Paulínia, iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta manhã.
Em São Carlos, estudantes e trabalhadores fizeram passeata na principal avenida da cidade. Em Itapetininga, serviços de transporte urbano, intermunicipal, rodoviário, de fretamento e de cargas também pararam, afetando cidades da região. Em Limeira, a paralisação do transporte público afetava cerca de 50% da frota.
Em Sergipe, os protestos fecharam três trechos da BR-101, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Em Aracaju, ônibus não circularam. Um falso manifestante foi preso na BR-235, na divisa entre Aracaju e Nossa Senhora do Socorro. Ele aproveitou o ato para tentar assaltar motoristas. Bancários, professores, trabalhadores da saúde e servidores da Justiça aderiram à paralisação.
Em Palmas, Tocantins, houve passeata na avenida Juscelino Kubitschek. A organização disse que mais de 1 mil pessoas participam do ato.