Tathiane Araújo é a primeira mulher trans a fazer parte da direção nacional do PSB. Eleita secretária nacional do segmento LGBT do partido, no último final de semana, Tathiane ocupará um dos 43 assentos na Comissão Executiva Nacional.
À frente da Secretaria, o principal desafio da socialista será sensibilizar deputados federais e senadores para a agenda LGBT e incentivar as gestões do PSB a formularem políticas públicas voltadas para essa parcela da população.
“Precisamos trabalhar cada vez mais para tirar o Brasil da triste realidade de não ter nenhuma lei que garanta os direitos da população LGBT. E também levar boas proposições para as gestões do PSB”, afirma.
Tathiane integra o Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT, órgão colegiado da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e preside a Rede Trans, organização não-governamental que representa pessoas travestis, transexuais e homens trans do Brasil.
Ela defende a aprovação de uma lei que criminalize a homofobia, como uma prioridade na atuação no Congresso Nacional, o que, na sua opinião, seria um passo fundamental para diminuir a impunidade em casos de discriminação contra LGBTs.
“A lei que criminaliza o racismo, por exemplo, é um instrumento para se fazer justiça ao discriminado. O homofóbico, por sua vez, não é tratado com a seriedade que merece”, afirma Tathiane.
A socialista atribui, em grande parte, a liderança do país em crimes contra LGBTs à ausência de legislação específica. “Talvez este seja o maior responsável pelo fato de o Brasil liderar os casos de assassinatos de LGBT no mundo, e, por isso, é possível dizer que o Congresso tem as mãos um pouco sujas desse sangue”, critica.
Tathiane também é conselheira nacional de Saúde e de Assistência Social e coordena, em Sergipe, a ONG Astra, responsável há 17 anos pela Parada LGBT no estado.
Com informações Assessoria de Comunicação PSB