A cúpula do PSDB cancelou reunião marcada para o fim da tarde deste domingo (21), em Brasília, quando seria discutida a continuidade do apoio do partido ao governo do presidente Michel Temer (PMDB), que virou alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal após delação premiada dos executivos do grupo JBS.
Com quatro ministros e a terceira maior bancada do Congresso, com 11 senadores e 47 deputados federais, a legenda é a principal aliada do PMDB no governo federal. De acordo com o líder do PSDB no senado, o senador Paulo Bauer (SC), o encontro foi cancelado para não alimentar especulações de que o partido decidiria hoje desembarcar do Planalto.
Parte dos dirigentes da sigla defendem, nos bastidores, uma articulação rápida para que Temer deixe o poder, com a construção conjunta entre partidos aliados de uma candidatura para eleição indireta que seria convocada nesse caso.
O presidente nacional do DEM, o senador Agripino Maia, também vai participar da reunião. O PSDB e o DEM tem um acordo que só decidirão deixar o governo Temer se o fizerem em conjunto. O PSDB ocupa atualmente quatro ministérios no governo e dá sustentação a Temer no Congresso com 47 deputados e dez senadores. Trata-se do maior aliado do PMDB na coalizão governista.
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