O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, avançou nas articulações para ampliar a base de apoio partidário, mas encontra uma barreira: o PSDB e o MDB tentam barrar a entrada das siglas do Centrão (PP, PRB, PR, SD e PSC) na aliança com o PDT. O primeiro recado do Palácio do Planalto, segundo revela, nesta, quinta-feira, 12, a coluna Br18, do Jornal O Estado de São Paulo, foi dado ao PP.
De acordo com a coluna, se quiser apoiar Ciro Gomes, que faz oposição feroz a Michel Temer, o PP terá de entregar todos os seus cargos no governo. Hoje, o PP comanda, por exemplo, os ministérios da Saúde, Cidades e Agricultura e tem a Presidência da Caixa Econômica. O PP, além de garantir bons minutos na propaganda de rádio e televisão, abriga um nome citado como opção para companheiro de chapa de Ciro Gomes: o empresário Benjamin Steinbruch.
As articulações entre PSDB e MDB, que passam a enxergar Ciro Gomes como ameaça, retratam uma aliança de bastidores articulada entre o presidente Michel Temer e o pré-candidato Geraldo Alckmin. Se conseguirem impedir a entrada das siglas do Centrão na coligação com o PDT, Temer e Alckmin deixarão Ciro isolado, com pouco tempo de rádio e televisão e sem bons palanques nos Estados que os ajudariam a chegar ao segundo turno da eleição. Ciro intensifica, neste final de semana, novos movimentos para atrair o PP, assim, como o PSB, que sofre assédio do PT.