O PSDB se prepara para eleger, na próxima sexta-feira (31), em Brasília, a nova Executiva Nacional e implantar um Código de Ética que enquadre os filiados em bons comportamentos. A Convenção, que oficializará os novos integrantes do Diretório e da Executiva Nacional, é o primeiro encontro dos tucanos após a ruína eleitoral de 2018. Uma caravana de filiados ao PSDB no Ceara, sob a liderança do senador Tasso Jereissati, estará presente ao evento.
O desafio das atuais e das novas lideranças nacionais e regionais é buscar um reencontro com as ruas e com os eleitores. O PSDB precisa se renovar e enfrentar desafios: o maior de todos os desafios é a faxina ética que precisa ser feita, com a saída de militantes que se envolveram em casos de corrupção.
A permanência de filiados que se deram mal e pararam na Justiça – como Beto Richa (PR), Marconi Perillo (GO) e Aécio Neves (MG), é uma pedra no caminho dos tucanos que pregam renovação. O Código de Ética do PSDB, a ser apresentado antes da Convenção Nacional, não terá efeitos retroativos. Ou seja, não atingirá Aécio, Beto e Perillo.
Como não há processo de expulsão em andamento, Beto, Marconi e Aécio, para evitar maiores constrangimentos, teriam como alternativa a mesma decisão do ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, que optou pela desfiliação. A pré-disposição desse ato, porém, é nula principalmente em relação a Aécio que tenta sobreviver na política a partir do mandato de deputado federal. Beto e Perillo estão fora do jogo político e eleitoral.
O Código de Ética está sendo apresentado como uma das maiores inovações na história de 30 anos do PSDB.
Não há nada parecido no Brasil em termos de rigor e elaboração com o Código de Ética do PSDB, destaca o atual presidente nacional da sigla, ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
A partir da próxima sexta-feira, Alckmin se rá substituto pelo ex-deputado federal Bruno Araújo.
Segundo o ex-governador de São Paulo, o Código de Ética vai aproximar o partido da sua militância e dos anseios da sociedade, será um partido moderno, que terá instrumentos ágeis de autocorreção e não apenas punição. Alckmin prega o fortalecimento dos partidos, que, em seu entender, é uma forma de acabar com a crise política. “Muda o governo, mas a crise continua, porque o sistema político está equivocado”, disse Alckmin, em entrevista ao Jornal O Estado de São Paulo.