A candidata do PT à Prefeitura de Fortaleza, Luizianne Lins, não conseguiu nenhum partido para ampliar a coligação que a possibilitasse mais tempo na propaganda de rádio e televisão, mas terá, pela frente, o empenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o principal cabo eleitoral para chegar ao segundo turno da eleição. A chapa do PT encabeçada por Luizianne tem, como vice, o advogado Vladyson Viana.
Prefeita por dois mandatos, ex-vereadora e ex-deputada estadual, Luizianne Lins ficou, em 2018, com o título de campeã de votos na Capital entre os 22 deputados federais eleitos. Do total de 173.777 votos que a reelegeram, 111.257 votos foram colhidos em Fortaleza.
A votação proporcional (Legislativo) ajuda na caminhada ao Executivo e, no caso de Luizianne Lins, acrescente-se os bons resultados de eleições anteriores – como prefeita e deputada estadual.
Luizianne carregará, de forma solitária, a estrela do PT, não terá o engajamento dos militantes e parlamentares petistas que ocupam por, meio de aliados políticos, cargos na administração estadual, mas pode acordar militantes partidários que, com o passar do tempo, andam meio acomodados. A campanha pode construir um ambiente de emoção para atrair esses militantes que a viram nascer e crescer na política. É o sonho e o trabalho da petista.
As dificuldades não a abatem, nem a surpreendem e, se resgatarmos o histórico político da segunda mulher a administrar a cidade de Fortaleza, iremos encontrar na largada a luta contra muitos que, dentro do próprio PT, não queriam vê-la candidata em 2004. Luizianne entrou na contramão e foi eleita prefeita. Em 2008, renovou o mandato. Em 2012, perdeu com Elmano de Freitas e, em 2016, ficou em terceira posição na disputa pela Prefeitura da Capital – atrás de Roberto Cláudio e do Capitão Wagner.
Sem dar trégua, a professora universitária, forma em jornalismo, volta ao embate e quer construir história. Seja com a surpresa e ou com o resultado adverso. Se passar para o segundo turno e, se o PDT não avançar, terá um palanque robusto com o Governador Camilo Santana e, provavelmente, com o apoio do senador Cid Gomes. Se perder e, na hipótese do PDT permanecer na briga pela Prefeitura, Luizianne tem uma porta aberta no diálogo com o pedetista José Sarto.