O Partido dos Trabalhadores e a Federação Brasil da Esperança realizaram, nesta quinta-feira, em São Paulo, as  suas Convenções Nacionais para oficialização da chapa Lula-Alckmin à Presidência da República e a aliança para o primeiro turno das eleições de 2 outubro. O ex-governador e pré-candidato ao Senado, Camilo Santana, e Sonia Braga, secretária Nacional de Organização do PT Nacional, participaram da convenção.

A coligação que dará sustentação à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será integrada pelo PT, PCdoB, PV, PSB, Rede, PSOL e Solidariedade.  Lula é o segundo presidenciável a ter a candidatura homologada em 2022 – o primeiro, nessa quarta-feira, foi o pedetista Ciro Gomes. Ciro tem sido um duro crítico do líder petista e considera que, com acenos para a esquerda e centro, pode tirar Lula do segundo turno.

Sobre a chapa formada com Geraldo Alckmin, seu ex rival político, Lula disse que procurou Geraldo pois precisava de um vice de qualidade.

“Eu resolvi voltar e resolvi procurar o Alckmin, porque eu precisava ter um companheiro com qualidade. E uma pessoa que governou São Paulo por 16 anos tem qualidade suficiente para me ajudar a consertar esse país. Eu não fui pedir o Alckmin em casamento, ele já está casado e eu também. Eu fui estabelecer uma aliança política com um segmento político que não era meu, para que a gente faça uma somatória de gente que é diferente”, disse o petista.

Lula não participou presencialmente no evento, pois está em Pernambuco realizando agenda. Ainda sobre a chapa, que, inicialmente não foi vista com bons olhos, com bons olhos. Lula diz que acredita que , no futuro, o julgamento será melhor.

“Eu acho que foi um salto de qualidade. Acho que a história vai julgar e ela vai julgar melhor depois”, completou.

LULA X CIRO NO CEARÁ

O presidenciável Ciro Gomes elegeu o ex-presidente Lula como desafeto político e, nos últimos dois anos, adotou um estilo áspero de críticas para tentar atrair os eleitores de esquerda e centro. Os ataques de Ciro não o ajudaram a conquistar o eleitorado do PT e provocaram o racha da aliança liderada pelo PDT no Ceará. Lula e Ciro medirão, também, forças no Ceará.

A aliança durou 16 anos e implodiu com a decisão do PDT escolher o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, como candidato ao Governo do Estado. Cinco partidos – PT, PC do B, PV, PP e MDB,  defendiam a candidatura da Governadora Izolda Cela. O ex-governador Camilo Santana trabalhou pela manutenção da aliança com o PDT e, agora, articula uma aliança para lançar candidatura própria ao Governo do Estado com o apoio do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva.