O ano de 2024 está sendo positivo em termos de aportes para os reservatórios do Ceará. Com a marca de 7,23 bilhões de metros cúbicos, o montante de aporte superou o ano de 2023, fato que ajudou a alcançar a marca de 72 açudes sangrando, o melhor número desde 2009.
Nesta terça-feira (23), registraram sua capacidade completa os açudes São Domingos II, em Caririaçu, e o Martinópole. Este último não registrava evento de sangria há 15 anos.
O volume total acumulado no estado é de 54,8% da capacidade total. Outros 12 açudes estão com mais de 90% da capacidade total. Entretanto, 22 reservatórios seguem com menos de 30% de volume total.
O volume total é reflexo dos bons aportes nas bacias hidrográficas do Estado. As regiões do Acaraú, Coreaú, Litoral, Metropolitana, Serra da Ibiapaba, Salgado e Baixo Jaguaribe estão em situação “muito confortável”, com volumes acima de 70%, com destaque para o Baixo Jaguaribe e Litoral que registram 100% de seu armazenamento.
A região do Curu recebeu uma recuperação significativa. No início deste ano, antes do início da quadra chuvosa, a bacia estava com 26% da capacidade total. Hoje se encontra com 66% de reservas hídricas acumuladas, numa situação confortável.
Em alerta
Apesar desses avanços, a realidade na bacia hidrográfica dos Sertões de Crateús contrasta com menos de 25% de sua capacidade hídrica acumulada. Outros 22 reservatórios do Ceará apresentam volumes abaixo de 30% de sua capacidade, “destacando os desafios persistentes impostos pelo clima semiárido da região, com chuvas distribuídas de forma irregular no tempo e espaço”, conforme destacou Tércio Tavares, diretor de Operações da Cogerh.