O governo federal bateu o martelo e decidiu pagar mais duas parcelas de R$ 300 do auxílio emergencial. A informação foi confirmada por fontes da equipe econômica. A extensão do programa custará, ao todo, R$ 51 bilhões.
Além disso, nessa segunda-feira, foi anunciado que a terceira parcela, a última no valor R$ 600, começará a ser paga no próximo dia 17 para os beneficiários do Bolsa Família, de acordo com o final do NIS (Número de Identificação Social). Essas pessoas poderão sacar os recursos em espécie nas agências da Caixa Econômica, na rede de lotéricos e nos correspondentes bancários.
Já os trabalhadores informais terão primeiro o valor creditado em conta poupança digital, de forma escalonada a partir do mês de nascimento. Para retirar o dinheiro, eles terão que esperar dez dias a partir da data do depósito.
A expectativa era de que o cronograma completo da terceira parcela do auxílio emergencial saísse ontem, mas os detalhes serão fechados, provavelmente, até amanhã.
Na prática, serão três calendários: um destinado ao pagamento para os beneficiários do Bolsa Família; outro com as datas do crédito em conta digital para os informais; e o último com a autorização do saque dos recursos em espécie ou transferência para outras contas na Caixa ou em outros bancos, de acordo com o mês de aniversário. O cronograma deve se estender até julho.
Pagamentos no Ceará
O Ceará recebeu cerca de R$ 4,34 bilhões em pagamentos do auxílio emergencial até esta sexta-feira (5). A informação foi dada pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, em uma live realizada na tarde de hoje (5) pelas redes sociais da instituição financeira. O montante destinado ao estado corresponde a 5,7% do total pago para os beneficiários em todo o país.
Em comparação com outros estados do Nordeste, o Ceará é o 3º que recebe o maior aporte de recursos para o pagamento do benefício, ficando atrás apenas de Pernambuco (5,9% do total nacional) e da Bahia (9,4%).
Auxílio emergencial
O auxílio emergencial foi aprovado pelo Congresso em abril como forma de reduzir os efeitos da crise do coronavírus. Na versão original, a ajuda federal seria de três parcelas de R$ 600, mas essa cobertura precisou ser estendida. Inicialmente, a equipe econômica sugeriu pagar três parcelas de R$ 200. Parlamentares elevaram a proposta para R$ 500 e, no fim, Jair Bolsonaro acabou propondo a versão final de R$ 600.
Na semana passada, ainda estava incerto se a prorrogação seria com duas parcelas de R$ 300 ou com três de R$ 200.