Após pressão de diversas entidades estudantis, bem como de instituições de ensino médio e superior e até mesmo de setores da política nacional, o Ministério da Educação (MEC) juntamente com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP) decidiram adiar a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em 30 ou 60 dias. A pauta foi destaque no Bate-Papo político desta quinta-feira (21).

“A pressão exercida pelo Congresso foi decisiva” – afirma o jornalista Beto Almeida ao comentar sobre a proposta que já vinha caminhando na casa legislativa após ser aprovada no Senado e que disciplinava a suspensão das provas que possibilitam acesso ao Ensino Superior. A definição exata das novas datas será estabelecida mediante a realização de uma consulta entre os inscritos.

Em seguida, Beto Almeida expõe o principal motivo que justificava o adiamento. A razão é porque com esta pandemia os alunos principalmente da rede pública, que não dispõem de boa estrutura em suas casas, iriam naturalmente largar em sérias dificuldades. “É logico, nem todo estudante de escola publica dispõe de um computador em casa, mesmo que disponha de um computador não dispõe de uma internet de boa qualidade, existia um percentual de candidatos que estão em desigualdade”, diz Beto.

Beto finaliza dizendo que muitos estudantes da rede pública estão parados, enquanto aqueles que são do ensino particular conseguem manter as aulas remotas e revisão de conteúdo na internet. “A questão é de bom senso, é de que conseguir nesta pandemia igualar pelo menos dentro do possível as condições de todos os candidatos o que da forma como vinha, impondo as vezes o MEC pela data, não seria possível”, finaliza Beto.