A seca que compromete a reserva hídrica cearense tem revelado, também, problemas estruturais. Sem recarga adequada há quase cinco anos seguidos, os açudes acumulam pouca água, o que deixa boa parte dos reservatórios à mostra.
Em General Sampaio, moradores identificaram uma rachadura na parede do açude do município. Eles temem que se o reservatório voltar a sangrar não suporte o volume de água.
O município está localizado a 143 quilômetros de Fortaleza e foi criado a após a construção do açude, que homenageia o General cearense Antônio Sampaio.
Projetado e construído pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) no leito do Rio Curu, em 1932. A barragem do açude foi concluída em 1935, após uma grande seca.
A bacia hidrográfica cobre uma área de 1720 quilômetros quadrados e tem capacidade para 322 milhões de metros cúbicos de água. Ele abastece 5 municípios, General Sampaio, Apuiarés, Paramoti, Caridade e Canindé.
Com a escassez de chuva nos últimos 5 anos, o reservatório está apenas com 1,50% da capacidade.
Os pescadores estão entre os mais prejudicados. Aqueles que se tem mantém na atividade, precisam ir para outra cidade onde a oferta de peixes ainda existe.
As rachaduras vão de uma ponta a outra na parede do açude. Enquanto reservatório estiver vazio, não oferece riscos. A grande preocupação dos moradores é com a possibilidade da parede romper durante o período de chuvas.
O Prefeito do Município Chico Cordeiro disse a reportagem do Jornal Alerta Geral que busca respostas junto a Cogerh e ao DNOCS para resolver o problema que já vem se alastrado há anos.
A Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) em nota afirmou que a rachado é apenas uma fissura e que não causá nenhuma dano a população. Veja a nota oficial:
A fissura aparente no açude General Sampaio, já verificada pela Cogerh, junto ao Dnocs, em 2016, não apresenta risco algum para a população.
Com Wellington Lima