Apenas algumas gotas de sangue coletadas do calcanhar do recém-nascido podem mudar por completo o seu curso de vida. Isso porque, por meio dos exames da Triagem Neonatal, é possível identificar precocemente doenças congênitas ou infecciosas em seu estágio inicial, aumentando as chances de tratamento oportuno. No Dia Nacional do Teste do Pezinho, marcado neste 6 de junho, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) responsável pelo exame, reforça a sua importância.
Com a análise, seis doenças podem ser identificadas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. O Lacen recebe amostras dos 184 municípios, abrangendo 327 postos de coleta.
Em 2020, 593.514 testes foram realizados em aproximadamente 98.919 crianças triadas. Com cada amostra de sangue é possível fazer seis análises.
“A coleta para o teste deve ser feita entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê, e as amostras devem ser encaminhadas o quanto antes para o Lacen”, explica a chefe da divisão de Biologia Médica do laboratório estadual, Ana Carolina Barjud Máximo.
Coleta para o teste deve ser feita entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê, orienta Ana Carolina Barjud Máximo, chefe da divisão de Biologia Médica do Lacen
A profissional complementa que a coleta das amostras é responsabilidade de cada município. “Todas as coletas são feitas nas maternidades ou em unidades de saúde dos municípios”.
Descentralização
O tempo entre a coleta e a realização do teste é de vital importância para dar início ao tratamento dos casos diagnosticados, que deve começar antes dos primeiros 30 dias de vida. Para descentralizar a operação e dar celeridade ao processo, o Lacen utiliza, desde 2018, o sistema Vega Web Triagem.
Antes, a amostra chegava ao laboratório, era cadastrada e só então o exame podia ser realizado. Com o sistema, as unidades, além da coleta, fazem também o cadastro na plataforma. A mudança permitiu também que o prazo de entrega e o acesso ao laudo diminuíssem pela metade, de dez para cinco dias.
(*)com informação do Governo do Estado do Ceará