Um balanço divulgado, desse domingo, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelou um dado que surpreendeu até mesmos técnicos do Ministério da Educação: a aplicação das provas da versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) bateu novo recorde de abstenção para o exame e registrou a ausência de 71,3% dos inscritos. O índice é maior que o registrado na prova física, realizada em dezembro: 55,3% — um recorde até então.

No Ceará esse índice foi 69,60% na primeira edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital. O objetivo é tornar o Exame Nacional do Ensino Médio totalmente digital até 2026.


Os dados mostram que, ao todo, 93.079 pessoas se inscreveram para o exame eletrônico, mas apenas 28,7% compareceram, algo em torno de 26,7 mil candidatos. O balanço foi divulgado INEP ainda no fim da noite deste domingo por entrevista coletiva transmitida ao vivo no YouTube.


De acordo com o presidente do Inep, Alexandre Lopes, o teste da nova versão do exame foi um sucesso.

“Foi uma aplicação tranquila, mesmo em um ano de pandemia, com todas as dificuldades, o INEP conseguiu manter sua proposta inicial para o Enem digital, muito satisfeitos de oferecer essa nova opção para os jovens. A partir de agora é um processo de implementação gradual do Enem digital”, comemorou Alexandre Lopes, ao destacar que a expectativa é de que o Enem digital substitua a prova física em 2026.


Sobre o alto índice de abstenção, Alexandre Lopes obsrvou que ir realizar a prova é “escolha de cada estudante”, e que um número grande de faltas era esperado, especialmente para o segundo dia de provas.