O Governo Federal propôs a extinção da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) como medida para tentar neutralizar focos de corrupção, mas foi atropelado pelos deputados federais que não abrem mão de manter um importante corredor de liberação de recursos e obras em suas bases eleitorais.


A recriação da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) uniu aliados ideológicos ao Palácio do Planalto e adversários que estão, por exemplo no PL, que cobiça cargos no órgão e apresentou o autor da proposta de votação em separado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma outra MP que extinguia a Funasa, mas o texto caduca hoje, ou seja, perder a validade.


Os deputados federais encerram a semana comemorando mais uma vitória contra o modelo político do Governo do presidente Lula. Sem abrir os cofres com generosidade para liberar os recursos das emendas parlamentares e acelerar nomeações de indicados pelos deputados e senadores para cargos dos órgãos federais nos Estados, o Governo vai somando revés no Congresso Nacional e deixa o Parlamento cada vez mais forte.


ESTRUTURA


A Funasa, que cumpre o papel de executar obras de saneamento básico e rede de abastecimento de água, tem 26 superintendências em todo o Brasil. Os cargos são disputados entre os aliados do Governo.
A recriação da Funasa teve como um dos principais articuladores o deputado federal Danilo Forte (União) que, entre os anos de 2007 e 2010, presidiu a fundação. Em seus argumentos, Danilo defendeu a manutenção da Fundação Nacional de Saúde pelo papel e celeridade nas ações de saneamento e acompanhamento sanitário nos municípios mais pobres do País.

Segundo Danilo, a recriação da Funasa é uma vitória para os brasileiros. “Sei do benefício deste órgão para o atendimento à população em um país continental e repleto de desigualdades regionais como é o Brasil”, comemora Danilo, que integra a bancada do União Brasil, sigla que tem três ministérios, mas que, até o momento, não tem sido fiel ao Governo Lula.