Desde que começou a quarentena para combater o coronavírus, o desemprego já bateu na porta de quase um terço das famílias que ganham até um salário mínimo. Segundo pesquisa feita pela consultoria alemã Roland Berger, 30% dos entrevistados nessa faixa de renda dizem já ter, pelo menos, uma pessoa sem emprego em casa por causa do coronavírus.

Essa é a realidade de milhares de trabalhadores cearenses que também enfrentam o desemprego devido a crise na saúde. O levantamento ouviu 700 pessoas em todo o País nas primeiras semanas de quarentena.

A pesquisa leva em conta a participação dos pequenos negócios no mercado de trabalho. De acordo com os dados, cerca de 50% dos ocupados (ou 40 milhões de pessoas) estão em empresas com até cinco funcionários. Desse total, 72% estão na informalidade.

Além disso, uma pesquisa recente do Sebrae mostra que 18,1% dos pequenos empreendimentos afirmaram ter sido obrigados a demitir, em média, três funcionários nas últimas semanas.

Outro dado preocupante é a falta de reserva dessa parcela da população. Segundo a pesquisa da Roland Berger, 57% não têm nenhuma reserva de emergência para se manter sem emprego e outros 14% têm dinheiro para apenas um mês. Só 5% têm fôlego para mais de seis meses.