Partidos do Centrão acompanham com atenção os movimentos do presidente Lula nas negociações que ocorrem em torno da reforma ministerial que ele fará para tentar ampliar sua base de apoio no Congresso. Uma das pastas visadas é o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, sob comando de Wellington Dias. O governo topa transferir o comando para o PP, mas sem o Bolsa Família, principal programa social do governo.

A reação da bancada do PP na Câmara foi rápida e já sinalizou ao governo que não tem interesse no Ministério do Desenvolvimento Social sem o Bolsa Família. Mas já indicou também que aceitaria somente pastas do mesmo porte ou mais expressivas, como Minas e Energia e Integração Nacional.

Segundo integrantes da cúpula do PP, a bancada não assumiria o Ministério de Desenvolvimento Social sem o Bolsa Família, porque consideraria “falta de confiança” do governo. Esse formato, transferindo o programa para outra pasta controlada pelo PT, vem sendo mencionado como uma alternativa para acomodar a legenda no Executivo.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Nobre Guimarães (PT), considera que o PP e o Republicanos terão direito a ocupar pastas no governo, que entenderam ser fundamental a estabilidade do País em todos os sentidos. . “Votamos tudo no primeiro semestre e isso se deve à articulação do governo e ao apoio dos partidos mais ao Centro. É legítimo que esses partidos estejam conosco e, assim, garantam a paz necessária para a governabilidade”, disse.

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