Em audiência pública nesta terça-feira (03), expositores e parlamentares criticaram a proposta de reforma da Previdência e disseram que ainda há tempo de mobilizar os senadores para que alterem o texto enviado pela Câmara dos Deputados. O presidente da Comissão dos Direitos Humanos, senador Paulo Paim (PT-RS), disse esperar que a reunião “tenha impacto positivo e sensibilize não só o relator, como também os senadores e senadoras” para não aprovarem a reforma como ela está.

Para o presidente da Associação e Sindicato Nacional dos Funcionários do Ipea (Afipea), José Celso Cardoso, a reforma não vai recuperar o crescimento econômico do país e deve aprofundar a crise. Além disso, o presidente defende que a proposta faz parte de uma reforma mais ampla do governo para desmontar o Estado e as instituições.

Essa reforma é parte de um conjunto mais amplo de reformas e de políticas, que já estão em curso desde o início deste ano e que envolvem um espectro amplo de iniciativas que vão na direção do desmonte do Estado brasileiro, do desmonte das organizações públicas, de criminalização dos servidores públicos e, portanto, de precarização dos serviços públicos.

O ex-ministro da Previdência Ricardo Berzoini criticou o governo e disse que ainda é tempo de pressionar o Senado. Para ele, a pressão deve acontecer nos estados e não apenas no Senado Federal. A pressão é nos estados.

É acompanhar a agenda, estar presente em todas as agendas. Nós somos milhares de sindicatos no Brasil. Não é possível que o sindicato não consiga se organizar para isso.

 

(*) Com informações da Agência Senado