A semana que marcou a votação do primeiro turno da reforma previdenciária teve abertos os cofres da União para liberação de emendas parlamentares. Os deputados da base aliada ao Palácio do Planalto saíram ganhando e, nesta segunda-feira, conferem na conta das prefeituras se há ou não repasse dos recursos oriundos do Orçamento da União.
Entre os 26 estados e o Distrito Federal, a bancada do Ceará, de acordo com levantamento do Portal Siga Brasil, aparece em primeiro lugar na liberação das verbas das emendas parlamentares, com um total de R$ 126,7 milhões, seguida por Santa Catarina (R$ 115,2 milhões) e Maranhão (R$ 105,6 milhões).
O Governo Federal decidiu, nos dias que antecederam à votação da reforma previdenciária, abrir os cofres e liberou R$ 4,5 bilhões em emendas impositivas até sexta-feira passada. Dos 4,5 bilhões, R$ 3 bilhões se referem a emendas individuais dos deputados e R$ 1 bilhão correspondente a emendas de bancadas, sendo que, desse montante, R$ 479 milhões são de emendas de senadores.
O levantamento do Portal Siga Brasil mostra, ainda, que 90% dos gastos indicados pelos parlamentares foram direcionados ao Ministério da Saúde (R$ 4 bilhões). A estratégia de liberação de recursos das emendas parlamentares, adotada pelo presidente Jair Bolsonaro na tentativa de evitar um possível fracasso na votação da reforma da previdência social, seguiu o mesmo modelo político dos governos FHC, Lula, Dilma e Michel Temer