O número de pessoas endividadas apresentou alta em três das cinco regiões do país, mas no caso da região Nordeste houve queda de 0,6% na quantidade de inadimplentes. Em todo Brasil, o indicador cresceu 9% no primeiro semestre de 2019, em comparação com o final do ano passado. De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) é a segunda menor variação nos atrasos, desde 2012, quando a inadimplência havia crescido 5,8% no primeiro semestre.
Analisando somente o mês de junho, o volume de consumidores com contas em atraso e registrados em listas de inadimplentes, teve alta de 1,7% comparado ao ano passado. Segundo o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José Cesar da Costa, o número de pessoas com atraso nas contas e com dificuldade de voltar ao mercado de crédito ainda é muito elevado. Até abril deste ano, eram 62,6 milhões de pessoas nessa situação, o que representa quase 41% da população adulta.
O presidente afirma que mesmo com os juros menores e a inflação dentro da meta, o desemprego ainda é elevado e acaba reduzindo a capacidade de pagamento das famílias e o volume de compras.
A recuperação está mais lenta que o esperado e as projeções mostram que teremos um segundo semestre ainda tímido para as finanças do brasileiro, mesmo com o avanço de reformas estruturais, cujos efeitos serão sentidos no longo prazo. A expectativa é que a inadimplência comece a apresentar recuos a partir de 2020, afirmou.