Os segurados devem tomar cuidado para não perder os benefícios por incapacidade junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em meados de 2016, o governo apertou as regras para a renovação de benefícios por incapacidade, caso do auxílio-doença.
Além do pente-fino que o órgão está passando em aproximadamente 530 mil auxílios –90% deles com chance de serem cortados–, medidas mais discretas adotadas para restringir os gastos com esse benefício, como a alta programada, se transformaram em barreiras para pessoas que estão temporariamente incapacitadas para suas atividades profissionais.
“Está mais difícil manter o auxílio-doença e isso também ocorre pela combinação da alta programada com a demora para conseguir tratamento na rede pública”, afirma a advogada Marta Gueller, do escritório Gueller e Vidutto.
“Imagine um chapa que teve uma hérnia abdominal ao descarregar o caminhão, o que é bem comum. Ele poderia voltar ao trabalho em 30 dias, porque esse é o tempo de recuperação, mas, nesse intervalo, ele não consegue nem mesmo fazer o exame no Sistema Único de Saúde”, explica.
Com informações do Jornal Agora São Paulo