Romero Jucá (MDB-RR), líder do governo no Senado Federal, disse que o MDB não cogita apoiar Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, nas eleições deste ano. Para o presidente emedebista, o partido precisa estar no debate político “não como coadjuvante e sim como uma das peças principais”, ressaltou em entrevista ao programa Bastidores do Poder, da Rádio Bandeirantes, nessa terça-feira, 10.
O senador reforçou que o MDB está “engajado” com a campanha de Henrique Meirelles e que, se houve qualquer discussão sobre apoio a outros candidatos, isso ocorrerá somente em agosto após as convenções partidárias. Ainda assim, ele garantiu que Meirelles tem condições de ser competitivo nas eleições. “O campo do centro está patinando com vários candidatos”, analisou Jucá, que definiu o ex-ministro da Fazenda como “um outsider, mas que foi testado e tem experiência e trabalho para mostrar”.
Na opinião do emedebista, o principal adversário de Meirelles é o desconhecimento de seu nome. “Nas qualitativas que fazemos, quando Meirelles é apresentado, o índice de aceitação é alto. O desafio, portanto, é, dentro deste pouco tempo, torna-lo conhecido [do eleitor].”
Vice e base governista
Questionado sobre um nome viável para compor a chapa com Meirelles nessas eleições, Jucá desconversou. “Não temos um perfil ideal. Procuramos alguém equilibrado; pode ser uma mulher, alguém ligado aos setores produtivos; tudo vai depender dos nomes que vão surgir, não é algo que esteja pré-definido.”
Jucá também comentou a possibilidade de o MDB aderir à base governista do próximo mandatário. “O partido está preparado para ser base de Meirelles, mas também para discutir questões com outros candidatos que possam vencer, menos os radicais, que vão levar o País para o buraco”, pontuou.
Sem entrar em detalhes sobre quem seriam esses “radicais”, Jucá se limitou a dizer que o único nome que o partido não apoiaria é o de Ciro Gomes, devido a ofensas que o pedetista já dirigiu ao MDB.
Por fim, Romeno Jucá afastou a baixa popularidade do presidente Michel Temer com a candidatura de Henrique Meirelles. “[Temer] Não está em jogo, não é ele que tem que ser avaliado”, enfatizou.
O senador disse ainda que os péssimos números de avaliação do governo Temer são devido a um “ataque pessoal” do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e do Ministério Público. “Não vejo essas pesquisas perguntarem às pessoas se elas são a favor de baixar os números da inflação ou então baixar os juros. Se perguntarem, verão que o governo Temer acertou.”
Com informações Portal Band