O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, elogiou nesta quarta-feira (4) a escolha do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), indicado para relatar a denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Segundo Alckmin, o relator é uma “pessoa preparada, honrada e séria”.
Em entrevista a jornalistas, o governador evitou dizer se a escolha do deputado causa uma “saia justa” no partido. Isso porque, o líder da legenda na Câmara, deputado Ricardo Trípoli (SP), havia pedido que o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), não indicasse nenhum parlamentar tucano para o cargo, com o objetivo de evitar um acirramento interno no partido. Ainda hoje, o PSDB na Câmara deve anunciar se mantém a presença de Bonifácio de Andrada na CCJ ou o retira da comissão.
“O deputado Bonifácio é uma pessoa preparada, honrada, séria. Vamos aguardar o que ele vai dizer”, afirmou Alckmim, após o ato de filiação do senador Roberto Rocha (MA) ao PSDB. Sobre a possibilidade de Aécio Neves (PSDB-MG) retomar o mandato no Senado, após afastamento imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o governador tucano preferiu esperar as decisões sobre o assunto.
Ontem (3), os senadores adiaram a votação que pode reverter a decisão da Primeira Turma do STF para o dia 17 de outubro, com o objetivo de aguardar um julgamento do Supremo sobre o mesmo tema, marcado para a próxima quarta-feira (11). “Ele [Aécio] já se afastou. O Tasso está fazendo um grande trabalho [interinamente na presidência do partido]”, respondeu, ao ser questionado se não era o momento de Aécio renunciar definitivamente ao cargo de presidente da legenda.
O senador Roberto Rocha assinou sua filiação ao PSDB na tarde de hoje. O parlamentar maranhense foi do PSDB entre 1995 e 2011, quando migrou para o PSB. Durante seu discurso, ele manifestou apoio à possível candidatura à presidência da República de Alckmin, que foi um dos responsáveis pelo seu retorno à legenda.
Parte da cúpula tucana participou do ato, como o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, o governador de Goiás Marconi Perillo, os senadores José Serra, Cássio Cunha Lima e Tasso Jereissati.
Com informações Agencia Brasil