Um religioso de Montes Claros seria o responsável pela contratação de uma bancada de quatro advogados para defender o agressor do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Pelo menos foi o que justificou o criminalista Zanone Manuel de Oliveira Junior. Ele ficou famoso em casos de grande repercussão, como o do goleiro Bruno e da missionária americana Dorothy Stang. A informação foi divulgada neste sábado pelo Jornal O Globo.

Zanone diz que uma pessoa ligada à igreja dos testemunhas de Jeová de Montes Claros telefonou para ele na quinta pedindo para que pegasse o caso. Segundo ele, esse colaborador pediu anonimato e já pagou os trabalhos da defesa realizados até agora em Juiz de Fora. Ele não revelou valores.

Diz ainda que o financiador conhecia o Adélio e acredita que está fazendo isso por filantropia e ainda arrematou: acredite se quiser.

Os outros três defensores são: Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, Fernando Costa Oliveira Magalhães e Marcelo Manoel da Costa, que estiveram presentes na audiência de custódia realizada pela Justiça de Juiz de Fora ontem.

Adélio que é pedreiro e estava desempregado, após prestar depoimento na sexta-feira teve sua prisão em flagrante transformada para preventiva e foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. Nos primeiros 20 dias, ficará isolado na triagem por segurança, segundo os policiais. Ele terá banho de sol restrito, sem contato com outros presos e sem receber visitas. Passado esse período, a situação não deve mudar muito. O homem que atingiu Bolsonaro com uma faca deverá ficar em uma ala do presídio destinada a delatores e presos com risco de serem atacados por outros detentos.