Um dos maiores defensores da música caipira no país, o cantor e compositor Renato Teixeira é o entrevistado de hoje (15) do programa Conversa com Roseann Kennedy, que vai ao ar às 21h30, na TV Brasil. Autor de canções conhecidas como Romaria e Amanheceu, Peguei a Viola, interpretadas por nomes importantes da música brasileira como Elis Regina, Gal Costa e Maria Betânia, Renato fala sobre a infância em Taubaté, no interior de São Paulo, e das amizades verdadeiras que conquistou durante a vida.
Renato Teixeira diz que percebeu, desde cedo, o valor de ter bons amigos. Sentimento que ele traduz no seu atual show, Tocando em Frente, que vem fazendo pelo país, acompanhado de dois grandes parceiros na música e na vida: Almir Sater e Sérgio Reis. A proximidade artística e pessoal com Almir fez nascer inclusive a família Teixeira-Sater.
Ele aborda também a questão dos relacionamentos pelas redes sociais. “O que vai dar liga na internet são as verdadeiras amizades”, e diz que “é preciso mais algumas gerações para que a internet tome juízo, pois ainda tem muito o que crescer”. Admite, no entanto, que o uso das redes para a divulgação musical é positivo. “Facilita muito: você grava um disco com o seu celular. Isso possibilitou que todo mundo se manifestasse artisticamente”. E completa: “Isso é abrir para todo mundo. Isso é um grande abraço… um imenso abraço na humanidade, que a internet está fazendo”.
O compositor também mostra um olhar critico sobre a realidade brasileira. “O que me incomoda muito é ver essa ‘veiarada’ toda. Eu sou um homem de 70 anos, mas não me considero velho. Eu acho que a ‘veiarada’ é aquela que tem uma relação sexual com o poder. Não precisa disso. Não tem nada mais gostoso, não tem nada mais salutar e mais positivo que o acúmulo de conhecimento… E isso a vida te dá.”
Na entrevista à jornalista Roseann Kennedy, Renato Teixeira também deixa transparecer o seu lado otimista e diz que vê nos avanços tecnológicos espaços para o desenvolvimento das sociedades. “Eu confio na ciência, eu confio na medicina. Eu só não quero prolongar a vida física. Eu acho que é interessante você prolongar a vida cerebral também. Você ter uma boa cabeça, você poder trabalhar, você poder realizar coisas. O acúmulo de conhecimento mantêm você mais esperto.”