“Já pode pedir música!” O deputado federal cearense Heitor Freire (PSL) enfrenta a terceira polêmica em seu mandato nos últimos meses. Uma reportagem do jornal Estado de São Paulo apontou que dois parlamentares do PSL, a saber, Heitor Freire (CE) e Julian Lemos (PB) gastaram o dinheiro da verba indenizatória com “gráficas fantasmas”. O assunto foi destaque no Jornal Alerta geral desta segunda-feira (04).

Segundo o conteúdo apresentado, ambos os deputados gastaram R$ 97.000 da verba parlamentar para imprimir panfletos e R$ 70.000 para informativos do mandato na empresa MaxPel+Car –no endereço, em Riacho Fundo (DF).

Ao investigarem a empresa para a qual foi destinado o serviço, descobriu-se que a mesma não existe, tendo sido fechada em 2018 e, no local, funciona apenas um lava jato. No total, 20 dos 53 deputados do PSL apresentaram pedidos na Câmara Federal para serviços prestados por empresas que não existem .

Dentro do Bate-papo político, o jornalista Luzenor de Oliveira comentou o envolvimento do deputado Heitor Freire em mais uma questão problemática:

“É a terceira polêmica em tão pouco tempo de mandato que o deputado Heitor freire se envolve. Primeiro foi a guerra interna no PSL na disputa de poder com os deputados estaduais do PSL, Delegado Cavalcante e Andre Fernandes. Em seguida, Heitor Freire se envolveu na polêmica da crise nacional do PSL e agora essa reportagem que tem como foco o deputado Heitor sobre problemas no uso de verbas parlamentares”

Os dois deputados admitiram não saber a localização exata da empresa, mas disseram que receberam o material encomendado. O parlamentar Heitor Freire argumentou que tudo ficou na responsabilidade do gabinete e ele disse que não foi conferir o que funcionava no local.

Em seu comentário, o jornalista Beto Almeida comenta a incoerência do discurso proferido por Heitor na época da eleição com a sua conduta atual:

“Por que que o Heitor foi eleito? Ele foi eleito exatamente numa renovação que se pregava a nova política. Contra  a corrupção, a troca de cargos por favores políticos, tudo isso era o que eles defendiam como renovação. A gente vê que a renovação foi só no discurso.”

No fim, Beto Almeida questiona:

“Como que um deputado que tem foco no estado do Ceará, que está em Brasília, produz panfletos, material gráfico, eu imagino que seja para apresentar ao eleitorado dele, porque imprimir esse material exatamente em Brasília, se aqui em Fortaleza, no Ceará, tem tantas gráficas?”