Uma ampla reportagem do Jornal Folha de São Paulo, edição desta segunda-feira, 10, retrata a ampliação das áreas de atuação do crime organizado, o crescimento do número de mortes e a guerra entre facções que provoca novos assassinatos nos presídios e cadeias em cidades da Grande Fortaleza e do Interior do Ceará.
Um dos relatos da reportagem é sobre o massacre ocorrido no dia 29 de janeiro na cadeia pública do Município de Itapajé, quando 9 detentos foram assassinados. A 10ª vítima do massacre não resistiu aos ferimentos e morreu mesmo após atendimento médico. Ganha destaque, também, o massacre com 14 mortes no Bairro Cajazeiras, em Fortaleza. As vítimas se encontravam em uma casa de forró quando foram surpreendidas pelo tiroteio.
Segundo a reportagem, dos 309 detentos que morreram entre janeiro de 2014 e junho de 2018, exatos 158 foram assassinados ou cometeram suicídio. De acordo com o levantamento, ‘’o percentual de 51% de mortes violentas nas unidades do Ceará supera os índices de outros estados brasileiros. A situação mais recorrente é a de que doenças sejam a causa da maioria dos óbitos no cárcere. São Paulo, com a maior população carcerária do país, teve 9,7% de homicídios ou suicídios em suas unidades prisionais, no mesmo período acima mencionado’’.
A Secretaria de Justiça e Cidadania do Ceará, ao ser questionada pela reportagem, afirmou que o crescimento no número de mortes decorre do aumento da população carcerária no estado. A pasta disse ainda que “desenvolve diversos programas de ressocialização dentro dos estabelecimentos prisionais, com vistas a – além de preparar o interno para retornar à sociedade – diminuir a ociosidade e contribuir para o clima pacífico nesses espaços.”
Com informação do UOL