O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão, selou, nesse final de semana, o seu novo destino partidário: Evandro assina, no próximo sábado, com o respaldo do presidente Lula, a ficha de filiação ao PT e entra na briga pela Prefeitura de Fortaleza em 2024. Evandro conversou com o Ministro da Educação, Camilo Santana, o Governador Elmano de Freitas, e o líder do Governo Lula na Câmara Federal, José Guimarães, para acertar a data de filiação.


O site cearaagora antecipou, na sexta-feira, que Evandro teria, no final de semana, reuniões com as lideranças estaduais do PT para definir os últimos detalhes para o ato de filiação. Após as conversas, Evandro confirmou o seu desembarque no PT. Evandro é pré-candidato a prefeito e, para se viabilizar como o nome do Palácio da Abolição à Prefeitura da Capital, abrirá diálogo com os demais pré-candidatos – Guilherme Sampaio, Larissa Gaspar e Luizianne.


DEFESA DE IZOLDA, CAMILO E ELMANO


O presidente da Assembleia Legislativa construiu uma relação de confiança, amizade e lealdade ao hoje Ministro Camilo Santana e, nas eleições de 2022, teve um papel determinante na caminhada vitoriosa de Elmano de Freitas ao Governo do Estado.


Em 2022, Evandro se lançou pré-candidato ao Palácio da Abolição, mas, sem apego, nem projeto pessoal, abriu mão do sonho para fortalecer o nome da então vice-governadora Izolda Cela. Izolda era o nome defendido pelo então ex-governador Camilo Santana para manter a unidade da aliança do PDT com o PT.

Os dirigentes estaduais e nacionais do PDT, sob a orientação do então presidenciável Ciro Gomes, se opuseram ao nome de Izolda Cela e impuseram o nome do ex-prefeito Roberto Cláudio. O PDT rompeu a aliança com o PT, atraiu o PSDB e compôs a chapa com o PSD, que indicou, como vice, o ex-presidente do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios), Domingos Filho.


LIDERANÇA DE CAMILO E LULA


As divergências internas levaram o PDT a uma crise sem precedentes na história do partido no Ceará. O grupo liderado pelo ex-presidenciável Ciro decidiu que a legenda faria oposição ao Governo Elmano, enquanto, na contramão dessa orientação, estavam 10 deputados estaduais, quatro deputados federais e mais de 40 prefeitos. Evandro liderou o grupo de deputados estaduais em direção ao Palácio da Abolição e foi o primeiro a oficializar o pedido de desfiliação ao PDT.


Determinado a reconstruir o rumo partidário, Evandro recebeu uma carta de anuência do presidente estadual do PDT, Cid Gomes, e foi à Justiça para se desligar da sigla sem prejuízo ao mandato.
Evandro ganhou a queda de braço com diferentes ações na Justiça e, antes mesmo de encerrado o conflito no âmbito do Judiciário, anunciou que irá se filiar ao PT.


A Executiva Nacional do PDT tenta, por meio de recursos, barrar a saída de Evandro Leitão. A mesma medida será adotada em relação aos demais deputados estaduais e federais que estão com a carta de anuncia para buscar outro caminho partidário.

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