O Governo do Estado descartou racionamento de água na Região Metropolitana de Fortaleza. Com 75% de probabilidade de chuvas acima ou dentro da média histórica no período de fevereiro a abril de 2018, em que há uma maior probabilidade de chuvas no Estado, o Ceará, de acordo com o governador Camilo Santana, não terá racionamento de água, pois isso não traria benefícios de outras ações em desenvolvimento pelo Estado. Como alternativa, o Governo do Estado avalia projetos alternativos, como o uso da água do Cocó para a Grande Fortaleza.

O secretário de Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira, afirmou, contudo, que mesmo com a previsão otimista para este ano, o Governo do Ceará vai continuar monitorando a situação hídrica do Estado, controlando a oferta e a demanda de água. Segundo o secretário, o Estado vai buscar diversificar a matriz hídrica, aproveitando a barragem do Maranguapinho e a barragem do Cocó, além de outras possibilidades como a dessalinização da água do mar. O que, para o governador do Ceará, Camilo Santana, garantiu uma economia de 300 milhões de m³ por ano.

Apesar das boas perspectivas, a situação é grave e merece ser vista com cautela, na avaliação de Teixeira. Para ele, o Estado teve ter uma precaução porque isso é um prognóstico, com 25% de possibilidade de chuvas abaixo da média histórica. O secretário explica que, apesar de ser a melhor previsão dos últimos seis anos, o prognóstico da Funceme precisa se concretizar em chuvas e aportes nos reservatórios.

Reservatórios

Com 2,37% de capacidade de armazenamento, o mais baixo nível de armazenamento desde 2002 – quando começou a operar – o açude Castanhão, responsável pelo abastecimento de Fortaleza e Região Metropolitana, entrou no volume morto, de acordo com nota emitida de Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), responsável pela administração do reservatório. O Orós, segundo maior reservatório do Ceará, também está com baixo nível de armazenamento: 5,85%.

Os 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), distribuídos em 12 bacias hidrográficas apresentam volume de 1,26 bilhão m³, o que representa apenas 6,78% da capacidade de armazenamento. Juntos, os 155 açudes têm capacidade para armazenar 18,64 bilhões m³ de água.

O volume de água das bacias está distribuído entre Litoral (35,03%), Alto Jaguaribe (6,06%), Coreaú (49,53%), Metropolitanas (14,87%), Serra da Ibiapaba (18,79%), Médio Jaguaribe (2,18%), Salgado (8,45%), Acaraú (16,43%), Banabuiú (2,18%), Sertões de Crateús (0,23%), Curu (8,98%) e Baixo Jaguaribe (0,94%).

Com informações do G1 Ceará