Dívidas com o cartão de crédito continuam entre as preocupações dos brasileiros. Especialmente, dos que não têm educação financeira e não entendem que a melhor opção é pagar sempre o total da fatura e usam o limite que não corresponde à realidade financeira. Com as novas regras para o rotativo do cartão, que começaram a valer no início de abril, os juros da modalidade de crédito, que têm as taxas mais caras do mercado, caíram. Segundo pesquisa divulgada pela Associação Nacional de Executivos de Finanças recuaram de 14,31%, em abril, para 13,25% em maio. Mesmo com a queda dos juros no rotativo do cartão de crédito, é bom lembrar que as taxas cobradas ainda são muito altas. Para quem não sabe usar o cartão persiste o risco do endividamento.
O diretor do Just, plataforma de crédito 100% online, Bruno Poljokan, fala que qualquer linha de crédito mal utilizada pode levar ao endividamento. “Deixar de pagar uma taxa de juros de 10,9% ao mês e passar a pagar outra de 8,3% ao mês. É um alívio para o bolso do consumidor, mas ainda é muito caro deixar de pagar toda a fatura do cartão”, afirma Poljokan.
Para o economista, Allisson Martins, a modificação da regra do rotativo do cartão de crédito, num momento em que se busca reduzir o custo financeiro no País, traz um novo cenário para o consumidor. “Exige-se um cuidado do usuário do cartão, para que não se forme o efeito “bola de neve”, disse.