Aliados do presidente Michel Temer (MDB) tem se perguntado o que pode acontecer se o presidente for alvo de uma terceira denúncia criminal, no momento em que sua impopularidade alcança níveis históricos – a gestão de Temer é reprovada por 82% dos brasileiros. Os partidos governistas se dividem sobre o caminho a ser seguido caso o emedebista seja novamente denunciado.
Líderes do Centrão dizem que não faria sentido afastá-lo da Presidência a poucos meses da eleição, se nova acusação for encaminhada à Câmara. Integrantes de outras siglas aliadas acham que, com apenas 3% de aprovação, Temer não teria força para resistir a outra ofensiva da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Quem vê riscos para o presidente em caso de nova denúncia acredita que ela poderia mobilizar a sociedade e parte das elites contra Temer, como ocorreu com a paralisação dos caminhoneiros, que levou industriais e ruralistas a criticar o governo.
O grupo que não enxerga vantagem em votar nova acusação contra o emedebista diz que, a essa altura, uma denúncia poderia tumultuar a eleição e aumentar a fragilidade das instituições.
Em agosto do ano passado, quando a Câmara barrou a primeira denúncia da PGR contra Temer, o governo era aprovado por 7% dos brasileiros. Em outubro, quando os deputados rejeitaram a segunda denúncia, só 5% apoiavam o presidente.
Com informações do Jornal Folha de São Paulo