O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures acaba de ser transferido da superintendência da PF em Brasília para o presídio da Papuda. Ele deixou o prédio da superintendência pela garagem, numa tentativa frustada de evitar que fosse fotografado pela imprensa. Loures estava escoltado por três agentes.

Na Papuda, Loures terá a companhia do operador financeiro Lucio Funaro, preso acusado de envolvimento com o mensalão. Funaro tenta fechar um acordo de delação premiada com a PGR. Ele diz que irá comprometer o presidente Michel Temer.

Loures foi preso no sábado acusado de aceitar propina do empresário Joesley Batista, dono da holding J&F. Ele foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil. Numa gravação feita por Batista, Temer indicou Loures para resolver problemas do empresário no Cade. Foi depois disso que o ex-deputado recebeu a propina.

Loures prestaria hoje seu primeiro depoimento à Polícia Federal. A oitiva, no entanto, foi adiada para sexta-feira. A PF decidiu prorrogá-la porque o ministro Edson Fachin, relator do inquérito no STF, deu acesso à defesa de Loures a todo conteúdo da investigação nas próximas 48 horas.

Como revelou a Coluna, a defesa de Loures disse que ele não falaria nada no depoimento se não tivesse acesso aos áudios gravados do Joesley e pela PF via interceptação telefônica.

Com informações O Estado de São Paulo