A produção agrícola cearense deve registrar um acréscimo de 7,55% em 2019, com relação à safra obtida no ano passado. Os dados são do último relatório da “Situação da Produção Agrícola de Grãos em Sequeiro e Situação da Quadra Chuvosa”, estudo elaborado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Ceará (Ematerce). O órgão vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) revela ainda uma participação significativa do milho na produção atual de grãos do Estado, com 77,34% de participação; tendo em seguida o feijão, 21,44%; e demais culturas (arroz, algodão, amendoim, fava e mamona), 1,22%.
Em relação a área colhida ou a colher de grãos em sequeiro em 2019, houve uma pequena diferença em relação a 2018: de -4,81%. As maiores diferenças ficam por conta da mamona (-55,60%), arroz (-24,60%), feijão (-6,17%), milho (-4,18%) e algodão herbáceo (-2,18%). O produto amendoim foi o único a registrar acréscimo, de 2,93%.
Quanto a produção de grãos, o acréscimo de 7,55% deve-se a cultura do milho, que teve um acréscimo de 10,45%, comparado a 2018. Todas as demais culturas apresentam diminuição na comparação com o ano anterior e com relação a expectativa de safra no início do ano, de 25,84%. Isso se deve a irregularidade espacial da ocorrência das chuvas que foram mais intensas na parte mais ao norte do Estado, confirmando as previsões da Funceme. Este ano as perdas nos rendimentos das culturas foram causadas por excesso de chuvas em algumas regiões e também por ocorrência de veranicos prolongados em outras.
De acordo com dados parciais de chuvas ocorridas até 30 de maio, coletados no site da Funceme, as chuvas estiveram acima da normal (média histórica) em nove das 18 regiões pesquisadas e todas ficaram abaixo da normal. O Baixo Acaraú registrou chuvas mais de 50% acima da normal, seguido pela região Extremo Norte e Metropolitana com desvios acima de 36% e 24%, respectivamente. Já as regiões Cariri, Centro Sul e Inhamuns registraram desvios para baixo, de mais de 20%