Sem anistia! Após o fim da paralisação dos policiais militares, o governo do Estado segue firme no seu propósito de punir os agentes da Segurança Pública que realizaram motim e infringiram a constituição. Os deputados da Assembleia Legislativa preparam-se para votar uma PEC que proíbe anistia dos PMs envolvidos na greve nesta terça-feira (03). Os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida repercutiram o assunto dento do Bate-Papo político.
Embora o motim tenha chegado ao fim, o efetivo policial nas ruas da Grande Fortaleza e do interior do Estado ainda não é notório. A grande quantidade de carros e equipamentos comprometidos com a paralisação requer um primeiro momento de reparos e ajustes. Os atos de vandalismo como esvaziamento de pneus das viaturas por parte de alguns PMs, bem como as atitudes de deserção foram punidas com prisão.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), os 46 PMs presos por deserção devem ser soltos nesta terça-feira (03). A decisão sobre esse grupo ocorre um dia após os policiais votarem pelo fim da paralisação, que ocorria há 13 dias. Conforme a Polícia Militar, os policiais presos foram isolados e ficaram sem contato com presos comuns do sistema penitenciário do Estado. A medida segue as regras do artigo 295 do Código de Processo Penal.
Em seu comentário sobre os desdobramentos após o término da paralisação, o jornalista Beto Almeida afirma que o governador Camilo Santana sai com sua imagem positiva diante do cenário turvo que pairava sobre o Estado nas últimas semanas. “O governador Camilo sai dessa história toda com a sua autoridade de governador mantida, intacta e eu acho que até reconhecida pelo cearense”, afirma Beto.
Beto diz ainda que o gestor não foi autoritário, mas que sempre priorizou o diálogo para resolver a complicada situação que havia se instalado, “é isso que eu acho que todos os cearenses esperam, que tenha um governador que saiba exercer, dentro dos limites da lei, a sua autoridade”, conclui o jornalista.