A iniciativa do Ministério da Saúde de oferecer a casais um tratamento afim de identificar possíveis riscos de ter filhos com doenças genéticas hereditárias trouxe à tona uma polêmica: seriam estes testes adequados, éticos e morais? Quais seriam os benefícios, riscos e desafios de oferecê-los a todos os casais brasileiros?
Na semana passada, a Sociedade Brasileira de Genética Médica publicou uma nota criticando duramente a proposta. Segundo especialistas, outras questões deveriam ser priorizadas como a criação de mais centros de atendimento a pessoas portadoras de doenças raras, por exemplo.
O programa seria oferecido inicialmente na Atenção Básica, principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), a casais que têm risco aumentado de gerar filhos com doenças raras congênitas. Caso as chances sejam altas, o casal será encaminhado para acompanhamento e aconselhamento pelo médico geneticista, que explicará, com base em estatísticas, exames e evidências científicas, os problemas, dificuldades e sofrimentos que a família poderá passar se decidir manter o projeto de ter filhos nessas condições.