Em homenagem aos 30 anos sem Luiz Gonzaga, o deputado Salmito (PDT) fez pronunciamento destacando o legado deixado pelo artista, nesta sexta-feira, 02/08, durante o primeiro expediente, no plenário da Assembleia Legislativa do Estado.
Nós, os brasileiros, em especial os nordestinos, somos muito agradecidos ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Ele conseguiu reunir a nossa forma de ser, humilde; a forma de falar; a forma de cozinhar; de cultivar os animais; as relações de amizade e até as desavenças; os fenômenos da natureza, a seca, a chuva, o jumento, o mandacaru; os pássaros Acauã, que cantam no período da seca, os sapos e as gias, que cantam no período das chuvas, lembrou Salmito.
Segundo ressaltou o parlamentar, o legado de Luiz Gonzaga é atemporal, é clássico. Para ele, sua obra ultrapassa seu tempo, numa construção de identificação cultural para os nordestinos que a apresentou para o Brasil.
Grandes projetos de instituições como o Banco do Nordeste (BNB) e a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), dentre outras, surgiram quando as autoridades públicas, especialmente da União Federal, perceberam com sua música o desafio e o flagelo numa economia de subsistência, que com a estiagem estrangula, complementa.
Salmito acrescentou que esse estrangulamento eclodiu o flagelo econômico e social do semiárido nordestino. Para ele, Luiz Gonzaga cantou isso, sem revolta, com sua genialidade, sem raiva.
É um ícone da MPB, influenciou gerações e continua a influenciar, e como o Ceará é o estado mais nordestino do nordeste setentrional, eu digo isso, que não é mérito e nem demérito, porque a maior parte do estado do Ceará está no semiárido, diferentemente de outros estados do NE, destacou o parlamentar.
Para o deputado, nada mais justo que na Casa do Povo cearense, seja registrado os 30 anos de ingresso na vida eterna do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que se imortalizou com suas músicas nos corações e nas mentes do povo nordestino.