Mais de 8.800 famílias de agricultores familiares foram atendidas com a implantação de 267 projetos produtivos em 96 municípios cearenses pelo Projeto São José III. Pelos números da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), a linha de ação do projeto contou com um investimento de R$ 104.869.379,91. Os recursos foram assegurados por meio de um acordo de empréstimo do Governo do Ceará junto ao Banco Mundial.

A linha de ação do Projeto São José realizou investimentos em bem feitorias, aquisição de equipamentos, profissionalização e acesso ao mercado nas áreas de apicultura (63 projetos), ovinocaprinocultura (53), bovinocultura (38), fruticultura (27), cajucultura (26), dentre outras. Somente a região do Piranji, na área limítrofe dos municípios de Beberibe, Chorozinho, Ocara e Pacajus, foi contemplada com um investimento de R$ 19,2 milhões e a entrega de 22 empreendimentos que põem a cajucultura do Estado num novo patamar.

“(O Projeto São José) Foi fundamental porque trouxe a perspectiva do trabalhador permanecer no campo. Se não fosse ele, boa parte das nossas fábricas estava parada”, atesta o presidente da Copacaju, Raimundo Pereira. Somente no ano passado, a Copacaju comercializou 45 toneladas de amêndoa de caju com o grupo de Big (antigo Walmart) e outras 15 toneladas através do Mercado Justo Europeu. O resultado é que o faturamento da Copacaju duplicou no ano passado e a promessa é chegar a R$ 6 milhões em 2020.

A amêndoa da Copacaju segue um rigoroso controle de qualidade. Além do plantio não usar agrotóxico e nem queimadas, o beneficiamento envolve 20 etapas diferentes na produção. Cada um dos 900 colaboradores recebe pelo menos um salário mínimo ao final de mês e não é permitido trabalho escravo ou infantil. “Neste arranjo, o Governo do Ceará materializa a inovação e a ciência na geração de produtos de qualidade comercializados em diversas capitais brasileiras, como também para fora do País”, enalteceu o secretário de Desenvolvimento Agrário, De Assis Diniz, durante a cerimônia de entrega.

Apicultura

Em Monsenhor Tabosa, 63 produtores rurais da Associação Taboense de Apicultura passaram a contar com 1.200 colmeias e uma Casa de Mel totalmente equipada a partir de um investimento de R$ mil do Projeto São José. Em 2018, a produção dos apicultores taboenses era de 13 kg mil de mel de abelha e atingiu a marca dos 30 mil kg em 2019. “Agradecemos a todos os nossos parceiros, em especial ao Governo do Ceará, pela concretização deste sonho”, reconhece o presidente da associação comunitária, Algaci Abreu.

O próximo passo para a profissionalização do setor em 20 municípios dos territórios dos Sertões de Crateús e Inhamuns é a implantação da Rota do Mel. O projeto, celebrado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional, beneficia 1.640 apicultores e estrutura 22 unidades produtivas e de extração de produtos apícolas. A liberação dos recursos, da ordem de R$ 453.334,43, acontece durante a cerimônia de celebração do Dia de São José.

 

 

 

 

(*)com informação do Governo do Estado do Ceará