O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Sarto (PDT), condenou, nesta quarta-feira, a disseminação das notícias falsas e defendeu punição para quem as espalha pelas redes sociais. Sarto expressou apoio ao projeto de lei apresentado pela deputada estadual Augusta Brito (PC do B) que institui regras para enquadrar autores das fake news em crime. A proposta de Augusta foi aprovada em sessão remota do Legislativo Estadual.
“A desinformação travestida e simbolizada pelas fake news, às vezes, é feita de forma deliberada. É importante que nós, líderes políticos, independentemente de partidos, não nos associemos a esse tipo de desserviço que alguns intencionalmente fazem no Brasil, no mundo, no Ceará, em Fortaleza”, disse José Sarto, ao falar sobre os males causadas à sociedade pelas informações mentirosas.
.Sarto enalteceu a iniciativa da deputada Augusta Brito (PCdoB), autora do projeto de lei 72/2020, que estabelece multa para quem dolosamente divulgar por meio eletrônico ou similar notícia falsa sobre epidemias, endemias e pandemias no Ceará. De acordo com o projeto, o dinheiro arrecadado com a multa aplicada a autores de notícias falsas será revertido para o tratamento dos pacientes da rede pública estadual de saúde.
Como médico e líder político, José Sarto delineou, em seu pronunciamento, os estragos provocados pelas notícias falsas a partir do pensamento do escritor americano Mark Twain.
“Ele diz que uma mentira pode dar a volta ao mundo, enquanto a verdade leva o mesmo tempo para calçar os sapatos”, reproduziu Sarto, ao relatar a adversidade para reversão dos efeitos nocivos das fake news.
Sarto lamentou, ainda, que muita gente seja seduzida pelas fake news.
“Hoje parece que a mentira é mais atraente. As pessoas se deixam seduzir muito mais frequentemente pela mentira, porque a verdade às vezes é monótona, entediante”, observou o presidente da Assembleia Legislativa, ao fazer um apelo para todos os deputados terem zelo pelo que se divulga nas redes sociais.
Ao final do pronunciamento, José Sarto elogiou o trabalho de jornalistas, que verificam informações disseminadas na internet, os chamados “fact checkers”.
“A empresa recebe uma notícia e alguém vai checar se é verdade ou não, e sublinha o que é verdade e o que não é verdade. Isso (é feito) exatamente para levar a informação e não a desinformação”, comentou o pedetista.
Confira a declaração de José Sarto: