A disputa pela Presidência da Assembléia Legislativa ganha novos contornos nos bastidores políticos com o apoio do ex-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, e do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, ao deputado estadual José Sarto (PDT).
As articulações pró-Sarto se conflitam com a movimentação do Governador Camilo Santana (PT) que se divide entre os deputados estaduais Tin Gomes e Evandro Leitão, ambos do PDT.
O cenário da corrida pelo comando da Assembleia Legislativa era tido como tranqüilo até a véspera do Natal de 2018 quando o presidente Zezinho Albuquerque (PDT) recebeu o recado para desistir da reeleição.
Inconformado, Zezinho se articulou, mas precisou se curvar à imposição do Palácio da Abolição e, para não ficar sem um bom guarda chuva, aceitou a Secretaria de Cidades do Estado.
Com a saída de Zezinho, o jogo pela presidência da Mesa Diretora ficou polarizado entre Tin Gomes e Evandro Leitão. A exclusão de Zezinho, que é um aliado leal aos irmãos Cid e Ciro Gomes, por mais que digam o contrário, desagradou e gerou insatisfações. Zezinho tinha apoio de, pelo menos, 28 deputados, mas agregou, também, descontentamentos na relação com o Palácio da Abolição.
A escolha do novo presidente da Mesa Diretora será realizada, no dia primeiro de fevereiro, logo após a posse dos 46 deputados estaduais. As articulações estão sendo ampliadas nos bastidores políticos para um novo racha ser evitado, a exemplo da última disputa quando Zezinho teve que enfrentar o candidato dissidente Sérgio Aguiar (PDT).
O conflito provocou a saída do então presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Domingos Filho, do grupo liderado pelo ex-governador Cid Gomes. Domingos era o articulador da candidatura de Sérgio Aguiar e se reintegrou à base de Camilo Santana. A base de Camilo quer evitar uma nova divisão, mas o ambiente, nesse momento, é de desencontros, com as pré-candidaturas de Sarto, Evandro e Tin.