Um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (1º), em Brasília, apontou que 69,3% dos idosos brasileiros sofrem de pelo menos uma doença crônica. Os cinco diagnósticos mais frequentes, são hipertensão, dores na coluna, artrite, depressão e diabetes.
Os dados fazem parte do Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (Elsi). A pesquisa também foi realizada em outros países com o objetivo de entender o perfil da população mais velha à medida em que vai envelhecendo.
- Idoso com nenhuma doença crônica: 30,7%
- Com uma doença crônica: 39,5%
- Com duas ou mais doenças crônicas: 29,8%
Outro ponto apresentado pela pesquisa mostra que 75,3% dos idosos dependem exclusivamente do serviço do Sistema Único de Saúde (SUS), e que 83,1% fizeram ao menos uma consulta médica nos últimos 12 meses – considerando também a rede privada.
Hoje, os idosos representam 14,3% dos brasileiros: são 29,3 milhões de pessoas. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2030, o número de idosos deve superar o de crianças e adolescentes.
Para fazer o levantamento, foram ouvidas pessoas com 50 anos ou mais, entre 2015 e 2016, em 70 municípios das cinco regiões do país. A ideia, segundo o ministério, é de acompanhar este mesmo grupo de pesquisados ao longo do tempo.
O estudo, elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e divulgado neste Dia do Idoso, também mostra qual é o principal receio da população idosa: o de cair. De acordo com a pesquisa, 43% dos idosos disseram ter medo de cair na rua.
“O ambiente urbano está associado ao medo de queda, que é um dos eventos mais indesejáveis. E a participação social está associada ao medo de atravessar a rua e a dificuldade com os meios de transporte”, disse uma das coordenadoras do estudo, professora Maria Fernanda Lima e Costa.
Para o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, a pesquisa traz dados que alertam para a necessidade de se antecipar e traçar políticas públicas coordenadas voltadas aos idosos.
“Avaliamos que saúde é responsabilidade de todos: educação, mobilidade, saneamento, oportunidade de morar em residência digna”, declarou. “Temos que aproveitar os estudos para fazer uma ampla discussão com outros setores do governo, para que possamos trazer alternativas a essa população que envelhece.”
Com informações G1