A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa questionou o Ministério da Saúde sobre o novo ciclo de imunização no país, anunciado nesta semana, na qual amplia o público de aplicação da terceira dose e estabelece que quem topmou a vacina da Janssen, de dose única, terá que tomar, agora, uma segunda e terceira aplicação.
Em resposta às indagações, o Ministério afirma que “as atualizações científicas apresentadas reforçam a capacidade das diferentes vacinas contra Covid-19 em produzir memoria imunológica, bem como de amplificar a reposta imunológica com dose de reforço ao esquema vacinal inicial da população acima dos 18 anos”.
No entanto, embora faça referência a diferentes tipos de imunizante, o texto traz apenas breves relatos sobre aplicação de apenas dois imunizantes: Coronavac e AstraZeneca, sem menção a Janssen, por exemplo, alvo do questionamento da agência regulatória.
Ao concluir as explicações, a Secretaria de Enfrentamento à Covid-19 justifica o reforço pela “tendência de redução da efetividade das vacinas contra a Covid com o passar do tempo”. A pasta sustenta anúncio feito anteriormente, de permitir, a partir dessa quarta, reforço nas doses de vacinas da AstraZeneca, Coronavac ou Pfizer, após cinco meses, preferencialmente, utilizando imunizantes da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen, independente da vacina aplicada anteriormente.
A Anvisa considera a resposta inócua e continuarão insistindo em retorno mais claro sobre o embasamento técnico da Saúde para definir os critérios de tempo e a necessidade da dose de reforço e terceira aplicação da vacina da Johnson & Johnson.