A saída do Capitão Wagner e do senador Tasso Jereissati como alternativas para a disputa do Governo do Estado deixou a oposição mais fragilizada, mas não paralisada. O vice-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PR), quer ocupar o espaço vazio e sair candidato à sucessão estadual. Tasso já mandou recado aos aliados que, em sua agenda, não tem candidatura em 2018. O Jornal Grande Porto,que circula em Caucaia e cidades da RMF, antecipou, na semana passada, que a oposição vige um momento de orfandade com Tasso fora da corrida ao Palácio do Planalto.

A oposição se fragilizou ainda mais com a decisão do Capitão Wagner que, em mensagem aos aliados, simpatizantes e colegas militares, comunicou que o seu projeto é concorrer a um mandato de deputado federal. Wagner  que, em 2016, recebeu 588.451 votos no segundo turno da eleição a prefeito de Fortaleza, ficou com um bom capital eleitoral, mas, neste ano, não quer correr o risco de entrar em uma disputa majoritária (Governador e Senador) e acumular dívidas de campanha.

Sem Wagner e Tasso como opções ao Governo do Estado, o vice-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, disse, nesta segunda-feira, em conversa com a reportagem deste site, que a oposição não ficará sem candidato à sucessão do Governador Camilo Santana (PT). ‘’Se ninguém quiser,  estou à disposição para ser candidato a governador’’, afirmou Roberto Pessoa, ao dizer que, com tanta antecedência das eleições, há tempo de sobra para a oposição construir uma candidatura para enfrentar Camilo Santana.

Roberto disse, ainda, que o cenário político nacional, com reflexo na política do Ceará, entrará em uma nova fase depois do dia 24 de janeiro quando haverá o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula será julgado pelo Tribunal Regional Federal (TRF), da 4ª Região, com sede em Porto Alegre. Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro no caso de um apartamento na Praia do Guarajá, em Santos, São Paulo. O ex-presidente teria sido beneficiado com o imóvel pertencente à Construtora Odebrecht. Os desdobramentos da Laja Jato, segundo Roberto Pessoa, irão respingar na política local.

WAGNER, SEM PR

Os dirigentes estaduais do PR já dão como certa a saída do capitão Wagner dos quadros do partido. O próprio capitão já havia admitido a possibilidade de se transferir para outra sigla. Ao conversar, nesta segunda-feira, com a reportagem deste site, o vice-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, afirmou que, em reunião com o ex-governador Lúcio Alcântara, o assunto (saída de Wagner) foi abordado para a direção estadual do PR não se surpreender com o futuro partidário do Capitão Wagner que negocia a sua transferência para o PROS.