Segundo informação do Índice Sebrae de Desenvolvimento Econômico Local (ISDEL), criado pelo Sebrae de Minas Gerais, o Ceará é o estado nordestino com os melhores índices de desenvolvimento econômico da região.

Entre os estados nordestinos, o Ceará apresentou o melhor resultado do ISDEL, com uma pontuação de 0,365. Com esse índice, o estado fica na 13ª colocação no ranking nacional, que é liderado por São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Esse índice sintetiza indicadores de fontes oficiais relacionados às dimensões de Capital Empreendedor, Tecido Empresarial, Governança para o Desenvolvimento, Organização Produtiva e Inserção Competitiva.

A partir do cruzamento de 30 indicadores de fontes oficiais, o ISDEL posiciona os Estados e Municípios numa escala que varia de 0 até 1. Quanto maior o resultado do índice, maiores são as condições para o crescimento econômico e social.

As melhores avaliações do Ceará foram nas dimensões de Governança para o Desenvolvimento e Tecido Empresarial, com ambas na 9ª posição no ranking nacional. Já na dimensão Organização Produtiva, o estado cearense ocupa a 12ª posição nacional e, nas dimensões Capital Empreendedor e Inserção Competitiva, está na 16ª posição.

Como tentativa de potencializar investimentos para as cidades do interior, recentemente o governador Camilo Santana assinou Ato Normativo que implementa uma política de incentivos fiscais baseada no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDM).

Atualmente, 126 municípios cearenses, que reúnem mais de 28% da população do Estado, estão categorizados na classe 4, que apresentam um baixo nível de desenvolvimento humano municipal.

A proposta é enquadrar no âmbito do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) a concessão de benefício fiscal de ICMS no percentual de 75% com 1% de retorno para as indústrias que se instalarem nos municípios com baixo IDM.

Sobre o índice

O ISDEL posiciona os territórios entre uma escala que varia de 0 a 1, onde estão os níveis mínimos e máximos de desenvolvimento. O índice analisa 30 indicadores, com base em fontes oficiais, divididos em cinco dimensões: Capital Empreendedor (educação, renda e densidade empresarial), Tecido Empresarial (relacionado à existência de elementos do tecido social, tecido empresarial, programas e ações associativistas), Governança para o Desenvolvimento (participação e controle social, articulação e gestão pública), Organização Produtiva (aglomerações e diversificação produtiva) e Inserção Competitiva (especialmente informações do comércio internacional).

Ton Silva