Após divulgar relatório, o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura apresentou violação dos direitos em presídios do Ceará. O documento faz críticas aos procedimentos adotados pela nova gestão da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), liderada pelo secretário Mauro Albuquerque desde janeiro.
O relatório é resultado de uma visita realizada por três peritos a três unidades prisionais cearenses entre 25 de fevereiro e 1º de março deste ano. Em visita a Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) 3, em Itaitinga, foi apontado que alguns presos foram torturados e não foram examinados por nenhum médico.
Em resposta, a Secretaria da Administração Penitenciária afirma que os detentos feridos nessas ocasiões foram medicados, autuados por um delegado de polícia e passaram por exame de corpo e delito, onde não foi comprovado nenhum ferimento com marcas ou fraturas com indícios de prática de tortura.
A Secretaria da Administração Penitenciária enfatiza o esforço dos setores de inclusão social e educação do sistema e assegura que, nos últimos três meses, mais de três mil internos foram incluídos nos bancos escolares e mais de dois mil presos egressos para trabalho e qualificação.